Erdogan culpa jihadistas, curdos e regime sírio por massacre
Esta versão do presidente turco não é a mesma das informações divulgadas até agora sobre o ataque, que indicam claramente autoria jihadista
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2015 às 12h06.
Ancara - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan , afirmou nesta quinta-feira que participaram do atentado suicida de Ancara no último dia 10, que matou 106 pessoas, o Estado Islâmico (EI), a guerrilha curda (PKK), os serviços secretos da Síria e a milícia curdo-síria PYD.
"Agora saem e dizem que foi o EI. Eu não sei quem fez. O Estado Islâmico é parte, o PKK também, os 'mukhabarat' (serviços secretos sírios) também, assim como a organização terrorista do norte da Síria, o PYD", disse o presidente em discurso para uma associação de advogados em Ancara.
"É uma ação terrorista totalmente coletiva. Foi planejada por todos juntos", continuou Erdogan.
Esta versão do presidente turco não é a mesma das informações divulgadas até agora sobre o ataque, que indicam claramente autoria jihadista.
Segunda-feira, a promotoria de Ancara divulgou a identidade de um dos dois suicidas, Yunus Emre Alagöz.
Embora não tenha indicado a afiliação de Alagöz, vários jornais, também pró-governo, assinalaram sua condição de jihadista treinado na Síria, baseando-se em fontes policiais anônimas e documentos vazados.
Alagöz era irmão de Abdurrahman Alagöz, que ateou fogo em si mesmo em julho em Suruç e matou 34 pessoas com uma bomba de fabricação idêntica à de Ancara e que, garantiram à Efe altos cargos do governo turco, levava a "marca" indubitável do Estado Islâmico.
Também vários familiares de Alagöz confirmaram à imprensa a deriva islamita radical dos dois irmãos e suas viagens à Síria.
Não há pistas que sugiram outras organizações envolvidas, exceto por mensagens no Twitter que indicavam conhecimento prévio do atentado e cujos autores eram membros ou simpatizantes do PKK, explicou semana passada o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu.
A promotoria esclareceu na segunda-feira que, dos quatro detidos por estas mensagens, três foram soltos sem acusações e um está em liberdade provisória.
Os simpatizantes do PKK na Turquia são inimigos públicos das redes islamitas turcas e apoiam o Partido União Democrática (PYD) na Síria, cujas milícias curdas combatem o Estado Islâmico desde o início da ofensiva jihadista.
Ancara - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan , afirmou nesta quinta-feira que participaram do atentado suicida de Ancara no último dia 10, que matou 106 pessoas, o Estado Islâmico (EI), a guerrilha curda (PKK), os serviços secretos da Síria e a milícia curdo-síria PYD.
"Agora saem e dizem que foi o EI. Eu não sei quem fez. O Estado Islâmico é parte, o PKK também, os 'mukhabarat' (serviços secretos sírios) também, assim como a organização terrorista do norte da Síria, o PYD", disse o presidente em discurso para uma associação de advogados em Ancara.
"É uma ação terrorista totalmente coletiva. Foi planejada por todos juntos", continuou Erdogan.
Esta versão do presidente turco não é a mesma das informações divulgadas até agora sobre o ataque, que indicam claramente autoria jihadista.
Segunda-feira, a promotoria de Ancara divulgou a identidade de um dos dois suicidas, Yunus Emre Alagöz.
Embora não tenha indicado a afiliação de Alagöz, vários jornais, também pró-governo, assinalaram sua condição de jihadista treinado na Síria, baseando-se em fontes policiais anônimas e documentos vazados.
Alagöz era irmão de Abdurrahman Alagöz, que ateou fogo em si mesmo em julho em Suruç e matou 34 pessoas com uma bomba de fabricação idêntica à de Ancara e que, garantiram à Efe altos cargos do governo turco, levava a "marca" indubitável do Estado Islâmico.
Também vários familiares de Alagöz confirmaram à imprensa a deriva islamita radical dos dois irmãos e suas viagens à Síria.
Não há pistas que sugiram outras organizações envolvidas, exceto por mensagens no Twitter que indicavam conhecimento prévio do atentado e cujos autores eram membros ou simpatizantes do PKK, explicou semana passada o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu.
A promotoria esclareceu na segunda-feira que, dos quatro detidos por estas mensagens, três foram soltos sem acusações e um está em liberdade provisória.
Os simpatizantes do PKK na Turquia são inimigos públicos das redes islamitas turcas e apoiam o Partido União Democrática (PYD) na Síria, cujas milícias curdas combatem o Estado Islâmico desde o início da ofensiva jihadista.