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Tragédia na Índia: conheça a incrível história dos 41 operários há 16 dias presos

Um tubo de aço largo suficiente para permitir a saída dos homens "foi introduzido por 52 metros no túnel

India: Desde o colapso parcial do túnel, em 12 de novembro, os trabalhos de resgate foram prejudicados pela queda de escombros e pelas sucessivas avarias das máquinas de perfuração (AFP/AFP)

India: Desde o colapso parcial do túnel, em 12 de novembro, os trabalhos de resgate foram prejudicados pela queda de escombros e pelas sucessivas avarias das máquinas de perfuração (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 28 de novembro de 2023 às 07h28.

Última atualização em 28 de novembro de 2023 às 09h55.

As equipes de emergência estão a apenas cinco metros dos 41 operários presos pelo colapso parcial de um túnel no norte da Índia há duas semanas, anunciaram as autoridades, que esperam um resgate em "breve". Um tubo de aço largo suficiente para permitir a saída dos homens "foi introduzido por 52 metros no túnel e deve atingir 57 metros", afirmou nesta terça-feira, 28, o ministro-chefe do estado de Uttarakhand, Pushkar Singh Dhami.

"A operação de resgate deve terminar em breve", acrescentou.

Depois de vários problemas, engenheiros militares e operários do setor de mineração estão cavando com as mãos para abrir caminho entre as rochas e os escombros até o túnel onde os 41 homens que trabalhavam em sua construção estão bloqueados há 17 dias.

Equipes de três pessoas atuam em rodízio para cavar e inserir as últimas peças do tubo de aço que deve permitir a saída dos trabalhadores. Os homens também precisam cortar barras de metal que bloqueiam o caminho.

Desde o colapso parcial do túnel, em 12 de novembro, os trabalhos de resgate foram prejudicados pela queda de escombros e pelas sucessivas avarias das máquinas de perfuração.

Os homens sobrevivem graças a um pequeno conduto pelo qual é bombeado oxigênio e que também é usado para o envio de alimentos, água e energia elétrica.

Uma câmera também foi introduzida no duto na semana passada, o que permitiu que as famílias observassem os trabalhadores dentro do túnel pela primeira vez desde o acidente.

Trabalhadores presos em túnel mantém contato por rádio

As equipes de resgate mantêm contato por rádio com os homens presos, que recebem comida, água, oxigênio e remédios através de um pequeno tubo de 15 centímetros de diâmetro.

Nenhuma informação oficial foi divulgada sobre o estado de saúde dos trabalhadores, mas, segundo a imprensa local, alguns sofreram vômitos, dores de cabeça, ansiedade e problemas estomacais.

A imprensa destacou que o desespero é cada vez maior no túnel. "Todos fazem a mesma pergunta: 'Quando vão nos retirar?'", contou o socorrista Mohammed Rizwan ao jornal 'Times of India'.

As equipes de resgate pretendem instalar um tubo de 90 centímetros de diâmetro até o interior do túnel para que os operários consigam sair do local. Mas na sexta-feira, os socorristas admitiram que só conseguiram perfurar metade da distância necessária.

O túnel afetado é parte de um grande projeto para conectar as localidades de Silkyara e Dangalgaon, onde ficam dois dos templos hindus mais sagrados, o de Uttarkashi e o de Yamunotri.

Vários especialistas alertaram sobre o impacto das grandes construções em Uttarakhand, onde muitas áreas são propensas a deslizamentos de terra.

Trabalho fora do túnel

Do lado de fora, há ambulâncias e um hospital de campanha para receber os 41 homens, presos em um espaço com 8,5 metros de altura e dois quilômetros de extensão.

Atul Karwal, chefe da força nacional de intervenção para gestão de desastres, informou que as equipes de resgate foram treinadas para retirar os trabalhadores através do tubo de aço o mais rápido possível.

"Colocamos rodas nas macas para que possamos retirá-las uma a uma quando entrarmos", explicou.

O túnel afetado faz parte de um plano para ligar as cidades de Silkyara e Dangalgaon, que abrigam dois dos mais sagrados templos hindus, Uttarkashi e Yamunotri.

Especialistas alertaram sobre o impacto das grandes construções em Uttarakhand, onde grandes partes do território são propensas a deslizamentos de terra

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