Eleições no Chile: candidato de esquerda Gabriel Boric ganha favoritismo
Boric, deputado de 35 anos, voltou a ser a primeira opção de voto em nova pesquisa eleitoral
AFP
Publicado em 3 de novembro de 2021 às 14h06.
O jovem candidato de esquerda Gabriel Boric recuperou o favoritismo do eleitorado chileno para as eleições presidenciais de 21 de novembro com 32% contra José Antonio Kast (extrema direita), segundo a pesquisa Data Influye publicada nesta quarta-feira (3).
Quase um terço dos entrevistados escolheu o candidato do conglomerado Apruebo Dignidad - formado por Frente Ampla e Partido Comunista - e tirou o primeiro lugar de Kast (27%) - do Partido Republicano-, que aparecia como favorito na pesquisa Pulso Cidadão publicada no último domingo.
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Boric, deputado de 35 anos, voltou a ser a primeira opção de voto nessa nova pesquisa, mostrando que as eleições dentro de três semanas estão divididas entre ele e a opção oposta representada por Kast.
Kast, um advogado de 55 anos que se manifestou a favor da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e é um simpatizante das políticas do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, acumula as intenções de voto em alta há semanas.
Ambos passariam para o segundo turno, programado para 19 de dezembro, se a votação coincidir com os resultados da pesquisa.
Em terceiro lugar apareceu a candidata e senadora democrata-cristã Yasna Provoste com 13% e em quarto o candidato liberal Sebastián Sichel (9%), candidato independente da centro-direita.
Em quinto lugar ficou o candidato do Partido Por La Gente, Franco Parisi, com 8%, apesar de estar nos Estados Unidos, só fazer campanha pela internet e ainda não ter voltado para o Chile.
Quanto às intenções de voto, a pesquisa Data Influye mostrou que 86% dos entrevistados votará "com toda segurança", apesar de o Chile se destacar por não superar 50% da participação desde que o voto voluntário foi estabelecido em 2012.
Sete candidatos à Presidência participarão das eleições para substituir o atual presidente, o conservador Sebastián Piñera. As eleições convocam 15 milhões de chilenos. Também serão renovados o Congresso e os 16 conselhos regionais.