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Eleições legislativas dão largada na corrida pela Casa Branca em 2020

Os democratas entram no ciclo presidencial sem um candidato favorito pela primeira vez desde o início da campanha de 2004

Eleições: Trup enfrenta um queda de sua popularidade dentro da própria legenda (Jayme Gershen/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 8 de novembro de 2018 às 12h48.

Washington - Que comece a corrida pela Casa Branca em 2020. As eleições parlamentares e para diversos Estados na terça-feira deram o tiro de largada para uma disputa longa, cara e sem dúvida dramática pela Presidência dos Estados Unidos.

Os democratas , surfando a onda da conquista da maioria na Câmara dos Deputados, entram no ciclo presidencial sem um favorito claro para ser o nomeado do partido pela primeira vez desde o início da campanha de 2004.

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Mais de duas dúzias de candidatos em potencial, incluindo o ex-vice-presidente Joe Biden e uma leva de senadores, governadores, prefeitos e líderes empresariais, vêm se movimentando há meses para angariar doadores e avaliar suas chances de uma indicação do partido.

Quem certamente estará esperando o vencedor é o presidente Donald Trump, republicano cujos índices de aprovação vêm se mantendo abaixo de 50 por cento desde que tomou posse, mas cuja popularidade dentro de sua legenda tornará qualquer possível desafio de um correligionário altamente improvável.

Trump foi o grande assunto das eleições de meio de mandato de terça-feira, atiçando o comparecimento dos democratas ansiosos para rejeitá-lo e levando muitos candidatos republicanos a jurar apoio a ele ou correr o risco de uma reação negativa de sua base conservadora.

Os democratas já estão se questionando sobre qual candidato, estratégia e abordagem têm mais chances de derrotar Trump em 3 de novembro de 2020, e muitos deles devem se antecipar e entrar na disputa já nos próximos meses.

Quem quer que se consagre no exaustivo processo de indicação democrata Estado a Estado, que começa em Iowa no início de 2020, terá que enfrentar o combativo Trump e ao mesmo tempo elaborar uma agenda alternativa cativante e unir o establishment e a ala progressista do partido, que às vezes se chocam.

"Haverá muita coisa para os democratas resolverem desta vez", disse Jennifer Palmieri, diretora de comunicações da campanha de Hillary Clinton em 2016. "Não se trata só de encontrar a pessoa que pode derrotar Trump, mas também a pessoa que tenha uma visão para unir o país".

Mesmo as campanhas derrotadas de liberais assumidos como Andrew Gillum, que tentou em vão se tornar o primeiro governador negro do Estado pêndulo da Flórida, e Beto O'Rourke, que empolgou como exemplo de político de raiz mas não conseguiu se eleger senador do conservador Texas, ofereceram lições de como organizar disputas acirradas em territórios pró-Trump, disseram democratas.

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