Egito diz que declarações de Obama encorajam grupos armados
O presidente americano condenou ontem os atos das forças de segurança no Egito nos conflitos que terminaram com mais de 500 mortos
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2013 às 07h48.
Cairo - A Presidência egípcia criticou nesta sexta-feira as palavras do líder dos Estados Unidos, Barack Obama, que ontem condenou os passos adotados pelas autoridades e as forças de segurança no Egito, e expressou seu temor diante da possibilidade destas "darem mais força aos grupos armados".
Em comunicado, a Presidência egípcia afirmou que "teme que as declarações não baseadas em verdades deem mais forças aos grupos armados e lhes encorajem a atentar contra a estabilidade e a transição democrática do país".
A nota explica que o Egito enfrenta atualmente "atos terroristas contra instituições governamentais e vitais, entre elas, dezenas de igrejas, tribunais, delegacias, serviços públicos e propriedades privadas".
O governo egípcio destaca que "grupos armados tiveram como objetivo as vidas das pessoas e expressões da civilização do Estado, como bibliotecas, museus, jardins e instituições educativas".
A Presidência egípcia avaliou o interesse dos EUA nos fatos no país, mas desejou que Washington "entenda corretamente o que ocorre".
Além disso, as autoridades egípcias esperam que a mensagem de Obama não se torne um obstáculo para aplicação do plano de transição, que inclui a reforma da Constituição e realização de eleições presidenciais e parlamentares.
A mesma nota ressaltou que o Egito aprecia as posturas dos estados do mundo, sempre e quando não afetem "sua soberania e suas decisões independentes para tornar realidade a vontade do povo".
Obama lançou ontem uma advertência ao governo interino do Egito ao cancelar os exercícios militares previstos para o próximo mês, apesar de ter ressaltado que seu Executivo "não tomará partido" por nenhuma das partes em confronto.
Em declaração em áudio desde a ilha de Martha"s Vineyard, em Massachusetts, onde se encontra de férias, Obama se opôs "à imposição da lei marcial" ou estado de emergência, "que nega os direitos aos cidadãos sob o princípio de que a segurança supera à liberdade individual".
"Apesar de querermos manter nossas relações com o Egito, a cooperação tradicional não pode continuar da mesma forma enquanto estiverem matando civis nas ruas e restringindo os direitos", assinalou o líder americano.
Cairo - A Presidência egípcia criticou nesta sexta-feira as palavras do líder dos Estados Unidos, Barack Obama, que ontem condenou os passos adotados pelas autoridades e as forças de segurança no Egito, e expressou seu temor diante da possibilidade destas "darem mais força aos grupos armados".
Em comunicado, a Presidência egípcia afirmou que "teme que as declarações não baseadas em verdades deem mais forças aos grupos armados e lhes encorajem a atentar contra a estabilidade e a transição democrática do país".
A nota explica que o Egito enfrenta atualmente "atos terroristas contra instituições governamentais e vitais, entre elas, dezenas de igrejas, tribunais, delegacias, serviços públicos e propriedades privadas".
O governo egípcio destaca que "grupos armados tiveram como objetivo as vidas das pessoas e expressões da civilização do Estado, como bibliotecas, museus, jardins e instituições educativas".
A Presidência egípcia avaliou o interesse dos EUA nos fatos no país, mas desejou que Washington "entenda corretamente o que ocorre".
Além disso, as autoridades egípcias esperam que a mensagem de Obama não se torne um obstáculo para aplicação do plano de transição, que inclui a reforma da Constituição e realização de eleições presidenciais e parlamentares.
A mesma nota ressaltou que o Egito aprecia as posturas dos estados do mundo, sempre e quando não afetem "sua soberania e suas decisões independentes para tornar realidade a vontade do povo".
Obama lançou ontem uma advertência ao governo interino do Egito ao cancelar os exercícios militares previstos para o próximo mês, apesar de ter ressaltado que seu Executivo "não tomará partido" por nenhuma das partes em confronto.
Em declaração em áudio desde a ilha de Martha"s Vineyard, em Massachusetts, onde se encontra de férias, Obama se opôs "à imposição da lei marcial" ou estado de emergência, "que nega os direitos aos cidadãos sob o princípio de que a segurança supera à liberdade individual".
"Apesar de querermos manter nossas relações com o Egito, a cooperação tradicional não pode continuar da mesma forma enquanto estiverem matando civis nas ruas e restringindo os direitos", assinalou o líder americano.