Bill Shine, ex-presidente da Fox News (Lucas Jackson/Getty Images)
EFE
Publicado em 8 de março de 2019 às 15h31.
Washington — O diretor de Comunicação da Casa Branca, Bill Shine, renunciou ao cargo nesta sexta-feira, oito meses depois de ser designado para a função pelo presidente Donald Trump.
Shine, segundo a porta-voz do governo americano, Sarah Sanders, trabalhará na campanha de Trump para 2020 como "conselheiro sênior".
"Servir ao presidente Trump e ao país foi a experiência mais gratificante de toda minha vida. Estou ansioso para trabalhar na campanha de reeleição e passar mais tempo com a minha família", disse o agora ex-diretor de Comunicações em comunicado.
Com o anúncio, Shine se torna o quarto diretor de Comunicação de Trump que deixa o cargo em dois anos e meio de mandato. Antes, passaram pela função Mike Dubke, Hope Hicks e Anthony Scaramucci, que quebrou um recorde a durar apenas dez dias na Casa Branca.
Além deles, Sean Spicer, antecessor de Sarah Sanders, chegou a acumular o cargo de forma interina antes de também deixar o governo.
Antes de fazer parte da equipe da presidência, Shine foi demitido do cargo de copresidente da emissora "Fox News" pela má gestão dos escândalos de assédio sexual na empresa. O fundador do canal, Roger Ailes, muito próximo de Trump, também deixou a empresa na época.
A nomeação de Shine reforçou ainda mais os laços do presidente com a emissora, a mais assistida por ele. Defensora das pautas do governo, a "Fox News" é frequentemente recomendada por Trump no Twitter e em declarações em público.
Também nas redes sociais, Trump deixou claro que ele comanda as comunicações da Casa Branca e, em várias ocasiões, disse ser cético sobre a importância do cargo.
"Bill Shine fez um excelente trabalho para mim e para o governo. Sentiremos falta dele na Casa Branca, mas esperamos trabalhar juntos na campanha presidencial de 2020, com a qual estará totalmente envolvido. Agradeço a Bill e a sua maravilhosa família", disse Trump após a renúncia. EFE