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Dilma e Humala querem fortalecer aliança com países árabes

Humala enfatizou que as regiões devem ''enfrentar desafios comuns e formar uma cultura de paz, inclusão e desenvolvimento''.

Presidente Dilma Rousseff recebe o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, no Palácio do Planalto: A presidente lembrou que ''o mundo árabe vive atualmente profundas mudanças'' (Roberto Stuckert Filho/PR)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 19h47.

Lima - A presidente Dilma Rousseff e seu colega peruano, Ollanta Humala, expressaram nesta terça-feira em Lima seu apoio ao fortalecimento das relações entre a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e os países da Liga Árabe, assim como à formação do Estado palestino.

Durante a inauguração da 3ª Cúpula da América do Sul e Países Árabes (ASPA), Humala enfatizou que as regiões devem ''enfrentar desafios comuns e formar uma cultura de paz, inclusão e desenvolvimento''.

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''A união multiplica nossas forças e nossas possibilidades de alcançar nossos objetivos'', enfatizou.

O peruano ressaltou que o principal desafio das regiões é a paz, embora tenha dito que esta não existe ''sem justiça'', que ''envolve necessariamente a redução da desigualdade que ainda existe nas sociedades''.

Humala também indicou que ''o Peru reafirma seu apoio à nobre causa de uma Palestina livre e soberana''.

Entre os desafios de ambas regiões, afirmou, está a construção de uma política de segurança alimentar, a utilização sensata dos recursos hídricos e o aumento de sua produtividade agrícola.

Por sua vez, Dilma destacou que ''o peso'' de sul-americanos e árabes no cenário internacional ''aumenta a cada dia'' e considerou que têm ''muito espaço e potencial para aumentar o comércio''.

''Vivemos em um mundo que sem dúvida alguma passa por grandes transformações, a persistente crise que foi gerada nos países mais desenvolvidos está nos propondo novos desafios'', comentou.

A presidente também lembrou que ''o mundo árabe vive atualmente profundas mudanças'' políticas e deu como exemplo a violência interna na Síria que, segundo disse, ''causou profunda preocupação e tristeza no Brasil''.


''Estamos conscientes que a maior responsabilidade recai no regime de Damasco, mas sabemos também da responsabilidade das forças rebeldes'', salientou.

Dilma mencionou, além disso, que Líbia e Iraque ''enfrentam sérios conflitos'', mas deixou claro que pensa que a solução para todos estes problemas ''só poderá ser encontrada por eles mesmos''.

''Reafirmamos a condenação a todas as formas de islamofobia e com a mesma força todos os atos de violência e terrorismo contra Estados Unidos e Alemanha'', acrescentou.

A presidente pediu, além disso, para que não se esqueça a questão Israel-Palestina e disse que ''o reconhecimento do Estado palestino é a única alternativa plena e consistente para a paz na região''.

''O Conselho de Segurança ONU não pode abdicar de suas obrigações'', enfatizou.

Durante a inauguração da 3ª Cúpula ASPA, da qual participam 12 países da Unasul e 22 da Liga de Estados Árabes, também falaram o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el Arabi, e o presidente do Líbano, Michel Suleiman.

A cúpula, cujas duas primeiras edições foram realizadas no Brasil e no Catar, terminará na tarde de hoje com a aprovação da Declaração de Lima, um documento que proporá aprofundar as relações políticas e econômicas entre as regiões.

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