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Remy Sharp
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Diesel e sacolinhas: nada a celebrar no Dia do Meio Ambiente

A data traz contradições pelo planeta: na Índia, uma enxurrada de sacolas plásticas. No Brasil, o apoio a combustíveis fósseis é marcante

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Poluição:  a Índia gera 5,6 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano  (Francis Mascarenhas/Reuters)

Poluição: a Índia gera 5,6 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano (Francis Mascarenhas/Reuters)

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EXAME Hoje

Publicado em 5 de junho de 2018, 05h59.

Última atualização em 5 de junho de 2018, 07h20.

O dia Mundial do Meio Ambiente será celebrado nesta terça-feira em meio a um mar de contradições. As celebrações oficiais ocorrerão na Índia, uma semana após a região de Taimur Nagar, no subúrbio da capital Nova Déli, ter enfrentado uma enxurrada de sacolas plásticas, embalagens de alimentos e outros restos plásticos. O tema do dia em 2018 é, ironicamente, Sem poluição por plásticos.

O dia do Meio Ambiente também será marcado por um crime contra a fauna marítima. Ontem, uma baleia foi encontrada morta no mar da Tailândia, após ter ingerido mais de 80 sacolas plásticas. Mais de oito quilos de plástico foram encontrados em seu estômago. As sacolas não chegaram no oceano repentinamente: por ano, são utlizadas entre 500 bilhões e 1 trilhão de sacolas plásticas em todo o planeta e, a cada minuto, são compradas 1 milhão de garrafas plásticas.

A Tailândia é, junto com a China, um dos doze países que mais poluem o mundo com plásticos. Juntos, os dois países emitiram, em 2010, mais de 10.000 toneladas de plástico irregularmente nos oceanos. Além deles, estão no ranking a Indonésia, em segundo lugar, o Brasil, em 11º lugar e os Estados Unidos. Estabelecido em 1972 pela ONU, o dia Mundial do Meio Ambiente tem o objetivo de sensibilizar a opinião pública para a necessidade de proteger e valorizar o meio ambiente.

Neste ano, a data pode receber uma ajuda de peso. Ontem, o Vaticano confirmou que o Papa Francisco lerá um documento sobre a necessidade de reduzir as emissões de gases do efeito estufa. O discurso pode ocorrer no fim desta semana, durante um encontro com os maiores exploradores de petróleo do mundo (como Exxon Mobil, Eni, BP, Royal Dutch Shell e Pemex).

Em meio a tantas tentativas de proteger o meio ambiente, o Brasil parece  andar na contramão. Com a greve dos caminhoneiros, o governo mostrou mais uma vez que apoia o uso dos combustíveis fósseis (diesel e gasolina) para a sua matriz viária, com a redução do preço do diesel em 0,46 real. Nada de comemorações por aqui.

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