Democratas se reunirão com Trump para evitar bloqueio do governo
A reunião está prevista para terça-feira, um dia antes de vencer o prazo do Congresso para votar o orçamento para manter o governo em funcionamento
AFP
Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 22h36.
Os líderes democratas da Câmara de Representantes e do Senado concordaram nesta segunda-feira (4) em se reunir com o presidente americano, Donald Trump , esta semana para discutir assuntos de urgência e evitar um potencial bloqueio do governo.
"Esperamos que o presidente esteja aberto a um acordo para tratar as necessidades urgentes do povo americano e manter o governo em marcha", disseram em um comunicado conjunto os líderes do Partido Democrata no Congresso, o senador Chuck Schumer e a deputada Nancy Pelosi.
A reunião da Casa Branca está prevista para terça-feira, um dia antes de vencer o prazo do Congresso para votar o orçamento para manter o governo em funcionamento.
A Câmara dos Representantes e o Senado, ambos de maioria republicana, propõe um projeto de gastos provisórios de duas semanas.
Os democratas ameaçaram com um bloqueio até que consigam concessões por parte dos republicanos em várias matérias, especialmente no destino de centenas de milhares de jovens imigrantes que foram levados ilegalmente aos Estados Unidos quando eram crianças.
O antecessor de Trump, Barack Obama, protegeu esses chamados "Dreamers" da expulsão com uma ordem executiva, mas Trump retomou a decisão e solicitou ao Congresso que elaborasse uma solução legal nos próximos seis meses.
Estava previsto que Trump se reunisse com Schumer e Pelosi na semana passada, mas o encontro não aconteceu, depois de tuítes do presidente, em que ele dizia não esperar um acordo.
"Estamos felizes que a Casa Branca tenha se aproximado e pedido um segundo encontro", disseram Schumer e Pelosi. "Esperamos que o presidente compareça à reunião com uma mente aberta, em vez de dizer de antemão que não se pode chegar a um acordo".
"Temos que conseguir um orçamento que aumente os recursos tanto para nós militares como para nossas prioridades internas, como a crise do ópio, os planos de pensão e a infraestrutura rural", acrescentaram.