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Conselho Europeu diz que Brexit exigirá controle de danos

Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, recebeu nesta quarta-feira, uma carta da premiê britânica Theresa May que oficializa o processo do Brexit

Donald Tusk: "não há motivo para fingir que hoje é um dia feliz, nem em Bruxelas nem em Londres" (Yves Herman/Reuters)

Donald Tusk: "não há motivo para fingir que hoje é um dia feliz, nem em Bruxelas nem em Londres" (Yves Herman/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de março de 2017 às 12h48.

Bruxelas - O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse a repórteres que a notificação formal da desfiliação britânica da União Europeia, o chamado Brexit, fez desta quarta-feira um dia triste para Londres e Bruxelas, e que as conversas difíceis à frente serão simplesmente sobre o controle de danos para ambos os lados.

Tusk, ex-primeiro-ministro polonês que preside reuniões de líderes da UE, acenou com papéis ao iniciar um comunicado breve.

"Então aqui está. Seis páginas. A notificação da primeira-ministra, Theresa May, acionando o Artigo 50 e iniciando formalmente as negociações da saída do Reino Unido da União Europeia", disse ele aos repórteres menos de uma hora depois de receber a carta do embaixador britânico.

"Não há motivo para fingir que hoje é um dia feliz, nem em Bruxelas nem em Londres. Afinal, a maioria dos europeus, incluindo quase metade dos eleitores britânicos, desejou que ficássemos juntos, e não que nos afastássemos", continuou.

Tusk, que irá compartilhar com os 27 outros países-membros da UE na sexta-feira uma proposta com diretrizes para as negociações, disse haver um lado positivo no Brexit: ter tornado os outros integrantes do bloco mais determinados e unidos antes das "negociações difíceis".

Ele ainda afirmou que o objetivo global da UE é minimizar os custos para os cidadãos, negócios e Estados-membros do bloco, cujos líderes deveriam adotar as propostas de negociação no dia 29 de abril.

"Não há nada para se ganhar neste processo, e estou falando dos dois lados. Na essência, trata-se de controle de danos".

Quanto ao Reino Unido, ele disse: "O que posso acrescentar a isso? Já sentimos a sua falta. Obrigado e adeus".

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