Conselho de Segurança respalda missão da ONU na Colômbia
A embaixadora da Colômbia na ONU assegurou que, para seu país, "isto é um novo sinal de reconhecimento e de credibilidade" ao processo de paz
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2016 às 13h08.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta terça-feira com unanimidade os detalhes da missão da organização que apoiará a aplicação dos acordos de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ).
Os 15 integrantes do Conselho respaldaram uma resolução que autoriza o planejamento apresentado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que inclui tudo aquilo que está relacionado com "o tamanho, os aspectos operacionais e o mandato" da missão.
O texto manifesta especificamente seu apoio à proposta do secretário-geral para que a ONU divida com o governo colombiano o custo das instalações e dos serviços que serão usados conjuntamente pelo pessoal internacional e nacional.
Além disso, reconhece a necessidade de um rápido desdobramento do mecanismo tripartite de verificação e monitoramento e autoriza a missão a compartilhar equitativamente com o Executivo colombiano o apoio requerido para a preparação e a gestão das zonas nas quais os integrantes da guerrilha se reunirão para entregar as armas e iniciar sua desmobilização.
Por último, o breve texto dá boas-vindas às contribuições dos países que ofereceram observadores para a missão e afirma seu desejo de ver novas contribuições.
"Parabenizo o presidente e o governo da Colômbia por este acordo com as Farc. É uma mudança agradável de rotina ter um assunto positivo no Conselho de Segurança e tratar de um tema no qual o governo do país em questão veio até nós", disse aos jornalistas o embaixador britânico, Matthew Rycroft, em sua chegada à reunião.
Rycroft, cujo país se encarregou de redigir a resolução, destacou que o acordo "dá ao povo colombiano o que ele necessita: a perspectiva de uma paz sustentável".
O representante francês, François Delattre, disse por sua vez que o documento aprovado hoje é um "marco" para a paz na Colômbia e ressaltou que o mesmo garante que, quando o cessar-fogo entrar em vigor, a ONU estará no terreno para acompanhar a situação e assegurar que o acordo será aplicado totalmente.
"Este é um passo significativo para acabar com um conflito de 50 anos", disse Delattre, que também destacou a unanimidade do Conselho de Segurança neste assunto.
A embaixadora da Colômbia na ONU, María Emma Mejía, destacou o apoio unânime recebido pela resolução e assegurou que, para seu país, "isto é um novo sinal de reconhecimento e de credibilidade" ao processo de paz.
Em declarações aos jornalistas, Mejía insistiu que se trata de um "respaldo importante" por parte de uma organização com "o peso, o prestígio e a relevância mundial" das Nações Unidas, e comentou que muitos na organização veem o processo de paz colombiano como "exemplo" para outros países.
O Conselho de Segurança já tinha aprovado em janeiro a criação desta missão, que formará o componente internacional do mecanismo tripartite para supervisionar o cessar-fogo, no qual participam também representantes do governo colombiano e das Farc.
A operação contará com cerca de 450 observadores, a maioria latino-americanos, e dos quais uma parte já se encontra no terreno.
O governo colombiano e as Farc alcançaram um acordo de paz no mês passado, que põe fim a 52 anos de conflito armado e que será assinado oficialmente em 26 de setembro na cidade colombiana de Cartagena das Índias.
O acordo, no entanto, está condicionado a sua aprovação por consulta popular em um plebiscito que será realizado em 2 de outubro. EFE
O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta terça-feira com unanimidade os detalhes da missão da organização que apoiará a aplicação dos acordos de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ).
Os 15 integrantes do Conselho respaldaram uma resolução que autoriza o planejamento apresentado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que inclui tudo aquilo que está relacionado com "o tamanho, os aspectos operacionais e o mandato" da missão.
O texto manifesta especificamente seu apoio à proposta do secretário-geral para que a ONU divida com o governo colombiano o custo das instalações e dos serviços que serão usados conjuntamente pelo pessoal internacional e nacional.
Além disso, reconhece a necessidade de um rápido desdobramento do mecanismo tripartite de verificação e monitoramento e autoriza a missão a compartilhar equitativamente com o Executivo colombiano o apoio requerido para a preparação e a gestão das zonas nas quais os integrantes da guerrilha se reunirão para entregar as armas e iniciar sua desmobilização.
Por último, o breve texto dá boas-vindas às contribuições dos países que ofereceram observadores para a missão e afirma seu desejo de ver novas contribuições.
"Parabenizo o presidente e o governo da Colômbia por este acordo com as Farc. É uma mudança agradável de rotina ter um assunto positivo no Conselho de Segurança e tratar de um tema no qual o governo do país em questão veio até nós", disse aos jornalistas o embaixador britânico, Matthew Rycroft, em sua chegada à reunião.
Rycroft, cujo país se encarregou de redigir a resolução, destacou que o acordo "dá ao povo colombiano o que ele necessita: a perspectiva de uma paz sustentável".
O representante francês, François Delattre, disse por sua vez que o documento aprovado hoje é um "marco" para a paz na Colômbia e ressaltou que o mesmo garante que, quando o cessar-fogo entrar em vigor, a ONU estará no terreno para acompanhar a situação e assegurar que o acordo será aplicado totalmente.
"Este é um passo significativo para acabar com um conflito de 50 anos", disse Delattre, que também destacou a unanimidade do Conselho de Segurança neste assunto.
A embaixadora da Colômbia na ONU, María Emma Mejía, destacou o apoio unânime recebido pela resolução e assegurou que, para seu país, "isto é um novo sinal de reconhecimento e de credibilidade" ao processo de paz.
Em declarações aos jornalistas, Mejía insistiu que se trata de um "respaldo importante" por parte de uma organização com "o peso, o prestígio e a relevância mundial" das Nações Unidas, e comentou que muitos na organização veem o processo de paz colombiano como "exemplo" para outros países.
O Conselho de Segurança já tinha aprovado em janeiro a criação desta missão, que formará o componente internacional do mecanismo tripartite para supervisionar o cessar-fogo, no qual participam também representantes do governo colombiano e das Farc.
A operação contará com cerca de 450 observadores, a maioria latino-americanos, e dos quais uma parte já se encontra no terreno.
O governo colombiano e as Farc alcançaram um acordo de paz no mês passado, que põe fim a 52 anos de conflito armado e que será assinado oficialmente em 26 de setembro na cidade colombiana de Cartagena das Índias.
O acordo, no entanto, está condicionado a sua aprovação por consulta popular em um plebiscito que será realizado em 2 de outubro. EFE