Mundo

Conflito na Ucrânia já matou mais de 7 mil, diz Poroshenko

O líder ucraniano discursou em sessão especial do parlamento ucraniano dedicada ao 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial


	Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: líder ucraniano discursou em sessão especial do parlamento ucraniano dedicada ao 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial
 (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: líder ucraniano discursou em sessão especial do parlamento ucraniano dedicada ao 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial (Valentyn Ogirenko/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 09h46.

Kiev - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, informou nesta sexta-feira que quase sete mil pessoas, entre civis e soldados, morreram em um ano de conflito armado no leste do país, pelo qual culpou a vizinha Rússia.

"A política agressiva da nossa vizinha já custou a vida a quase sete mil pessoas. Ao todo, 1.675 militares ucranianos deram a vida pela pátria, por nossa inevitável vitória, porque o bem sempre vence o mal", disse.

O líder ucraniano discursou em sessão especial do parlamento ucraniano dedicada ao 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.

A sessão também contou com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que expressou a solidariedade da comunidade internacional com o povo ucraniano em suas aspirações de manter a soberania e integridade territorial do país.

"A ONU é solidária com o povo ucraniano. Nos manifestamos por uma solução pacífica do conflito em Donbass (zona que inclui as regiões rebeldes orientais de Donetsk e Lugansk) e apoiamos a soberania e integridade territorial da Ucrânia", disse Ban.

De acordo com o líder da ONU, a "Ucrânia enviou suas tropas de paz a muitos países. Se a Ucrânia pedir ajuda à ONU, será dado auxiliado ao povo e às autoridades ucranianas", disse em aparente apoio ao pedido de Kiev para que sejam mobilizados boinas azuis nos territórios controlados pelas milícias separatistas pró-russas.

Por outro lado, Poroshenko acusou a Rússia de monopolizar a vitória sobre a Alemanha de Hitler e ressaltou que a derrota do nazismo não teria sido possível sem o povo ucraniano.

"Ninguém tem o direito de monopolizar a vitória sobre o nazismo, e muito menos usá-la para a apologia de sua política imperial. Essa vitória é uma conquista de toda a humanidade, da coalizão antihitleriana e dos povos da União Soviética. Não seria possível vencer a guerra sem os ucranianos", declarou Poroshenko.

Ban, que participará amanhã, em Moscou, dos atos pelo Dia da Vitória soviética sobre a Alemanha nazista, aproveitou a visita à capital ucraniana para debater com Poroshenko os caminhos para resolver pacificamente a crise no leste do país.

"Falamos com o secretário-geral da ONU sobre os esforços das tropas de paz, que devem contribuir para diminuir a tensão do conflito e estabelecer a paz", disse o presidente ucraniano.

A situação no leste da Ucrânia piorou sensivelmente nos últimos dias, nos quais ambos os lados afirmam ter sofrido baixas nos combates.

Apesar de vigor no leste da Ucrânia um cessar-fogo estipulado nos Acordos de paz de Minsk desde o dia 15 de fevereiro, Kiev e os separatistas se acusam de violar a cessação das hostilidades.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaGuerrasMortesRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Tailândia anuncia que se juntará ao Brics como Estado associado em 1º de janeiro

Mediadores querem fechar acordo de trégua em Gaza antes da posse de Trump

Governo da Alemanha acusa Musk de tentar interferir em eleições do país