Começa eleição na Índia: 900 mi eleitores e um mês de votação
Maior democracia do mundo deve reeleger Narendra Modi, apesar de o atual governo não conseguir transformar crescimento econômico em redução do desemprego
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2019 às 06h08.
Última atualização em 11 de abril de 2019 às 12h29.
Com cerca de 900 milhões de eleitores aptos e sete datas para consulta, a maior eleição democrática do mundo começa na Índia a partir nesta quinta-feira (11). Para se eleger, o partido do novo primeiro-ministro indiano precisará conseguir a maioria das 543 cadeiras do parlamento, que é quem indica o líder da casa. Tentando se reeleger,Narendra Modi é o favorito.
Segundo o chefe da comissão eleitoral da Índia , Sunil Arora, a complexidade do evento deverá fazer com que o processo eleitoral dure pouco mais de 30 dias. Das sete datas para votação, a última acontecerá dia 19 de maio, e o resultado do páreo é esperado para o dia 23 do mesmo mês.
Atualmente, a República Parlamentarista indiana ー que além do primeiro-ministro também conta com um presidente ー possui cerca de 1,3 bilhão de habitantes. Destes, 900 milhões estão aptos a votar, sendo que 15 milhões são novos eleitores na casa dos 18 anos que participarão ativamente de uma eleição pela primeira vez.
Há poucas semanas, pesquisas indicavam que a popularidade do primeiro-ministro, Narendra Modi, estava em xeque devido aos altos índices de desemprego mesmo com o país mantendo crescimento do PIB próximo dos 7% nos últimos anos, a maior taxa entre as grandes economias. Os recentes conflitos entre a Índia e o Paquistão, entretanto, ascenderam um sentimento nacionalista e parece ter resgatado a confiança do eleitorado de Modi, que até agora é o favorito a levar o cargo.
Em fevereiro, um atentado terrorista a bomba na porção da Caxemira indiana ー que fica na fronteira entre as duas nações e tem dois terços administrados pela índia e um pelo Paquistão ー matou 40 policiais do país. O Atentado foi reivindicado por um grupo paquistanês, e em resposta, a índia bombardeou o território vizinho (onde supostamente estavam os terroristas), encorpando a escalada de tensão.
Ao que tudo indica, o produto do desentendimento deverá favorecer a reeleição do atual líder do governo. A resposta da Índia ao Paquistão, que ressuscitou um conflito histórico nunca solucionado, agradou o povo indiano, que deve expressar sua opinião nas urnas a partir de hoje.