O esforço da China em arrefecer a especulação no mercado imobiliário alcançou um novo alvo nesta segunda-feira (24/07) O Conselho de Estado aprovou uma série de medidas para restringir o investimento de estrangeiros no setor, segundo informou o Financial Times.

O novo pacote de regras - o mais recente de uma série adotada por Pequim nos últimos meses para evitar a explosão do investimento na área - foi desenhado para dificultar a aquisição de propriedades tanto por companhias quanto por investidores individuais estrangeiros.

Analistas disseram que as medidas poderiam ter um pequeno impacto na maioria dos investimentos estrangeiros no setor de propriedades, mas criariam incertezas entre aqueles fundos que tinham começado a ficar mais à vontade nesse tipo de investimento na China.

"Por algum tempo, o mercado imobiliário esperou medidas de restrição ao capital estrangeiro que tivessem um impacto significativo", diz Duan Hairui, analista do Citic Securities. "De qualquer forma, o capital externo ainda vai manter uma importante papel em todo o mercado."

O investimento estrangeiro no mercado imobiliário da China cresceu nos últimos anos, junto com o aumento da confiança de seus participantes sobre direitos privados, e buscou maneiras de ampliar o crescimento da demanda por escritórios e espaço de varejo nas principais cidades.

De acordo com o Conselho de Estado, os investimentos no setor de propriedades feitos por companhias estrangeiras aumentaram 28% na primeira metade do ano. Segundo as medidas aprovadas, as companhias e os investidores individuais externos só poderiam comprar propriedades residenciais se fossem destinadas ao próprio uso ou habitação. Os investidores estrangeiros também teriam de utilizar o próprio nome para a aquisição.