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China diz que queixas britânicas sobre Hong Kong são inúteis

China afirmou nesta terça-feira serem “inúteis” as queixas do primeiro-ministro britânico, David Cameron, sobre uma proibição de visita a Hong Kong

Hong Kong: porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores declarou que Pequim é responsável pela política externa de Hong Kong (Philippe Lopez/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 10h46.

Pequim - A China afirmou nesta terça-feira serem “inúteis” as queixas do primeiro-ministro britânico, David Cameron, sobre uma proibição de visita a Hong Kong a um grupo de parlamentares da Grã-Bretanha, dizendo que a ex-potência colonial irá colher o que plantou.

Cameron acredita que a decisão chinesa de impedir a viagem é equivocada e que só serve para aprofundar os temores em relação ao território, afirmou seu porta-voz na segunda-feira.

No domingo, o presidente do comitê de política externa do parlamento afirmou que funcionários da embaixada chinesa lhe disseram que ele e outros legisladores britânicos não teriam permissão de entrar em Hong Kong para monitorar o progresso democrático no local.

A porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores Hua Chunying declarou que, como Pequim é responsável pela política externa de Hong Kong, só a capital chinesa pode decidir quem entra no país.

“A oposição da China a qualquer governo, organização ou indivíduo estrangeiro que interfira nos assuntos de Hong Kong de qualquer maneira é resoluta”, disse Gua em um informe diário à imprensa quando indagada sobre os comentários de Cameron.

“Se certas pessoas na Grã-Bretanha querem seguir nesse caminho, não é só irracional e inútil, mas é como levantar uma pedra para deixá-la cair no próprio pé”, acrescentou.

Os parlamentares britânicos não querem visitar Hong Kong para “uma visita normal, amigável, mas para realizar uma assim chamada investigação em território chinês”, afirmou Hua.

"Não precisamos de quaisquer legisladores estrangeiros para conduzir análises. Espero que consigam ver claramente esta realidade básica”.

A Grã-Bretanha devolveu Hong Kong à China em 1997 mediante um acordo que permite ao território manter suas liberdades e sua autonomia abrangentes.

Mas medidas recentes de Pequim para controlar a indicação dos candidatos à liderança local em 2017 desencadearam manifestações generalizadas na cidade. Na segunda-feira, milhares de ativistas pró-democracia forçaram o fechamento temporário da sede do governo depois de se chocarem com a polícia.

O premiê chinês, Li Keqiang, visitou Londres em junho para fortalecer os laços diplomáticos e econômicos, congelados desde 2012, quando Cameron se encontrou com o Dalai Lama, o líder espiritual tibetano exilado que Pequim diz ser um separatista perigoso.

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Pequim - A China afirmou nesta terça-feira serem “inúteis” as queixas do primeiro-ministro britânico, David Cameron, sobre uma proibição de visita a Hong Kong a um grupo de parlamentares da Grã-Bretanha, dizendo que a ex-potência colonial irá colher o que plantou.

Cameron acredita que a decisão chinesa de impedir a viagem é equivocada e que só serve para aprofundar os temores em relação ao território, afirmou seu porta-voz na segunda-feira.

No domingo, o presidente do comitê de política externa do parlamento afirmou que funcionários da embaixada chinesa lhe disseram que ele e outros legisladores britânicos não teriam permissão de entrar em Hong Kong para monitorar o progresso democrático no local.

A porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores Hua Chunying declarou que, como Pequim é responsável pela política externa de Hong Kong, só a capital chinesa pode decidir quem entra no país.

“A oposição da China a qualquer governo, organização ou indivíduo estrangeiro que interfira nos assuntos de Hong Kong de qualquer maneira é resoluta”, disse Gua em um informe diário à imprensa quando indagada sobre os comentários de Cameron.

“Se certas pessoas na Grã-Bretanha querem seguir nesse caminho, não é só irracional e inútil, mas é como levantar uma pedra para deixá-la cair no próprio pé”, acrescentou.

Os parlamentares britânicos não querem visitar Hong Kong para “uma visita normal, amigável, mas para realizar uma assim chamada investigação em território chinês”, afirmou Hua.

"Não precisamos de quaisquer legisladores estrangeiros para conduzir análises. Espero que consigam ver claramente esta realidade básica”.

A Grã-Bretanha devolveu Hong Kong à China em 1997 mediante um acordo que permite ao território manter suas liberdades e sua autonomia abrangentes.

Mas medidas recentes de Pequim para controlar a indicação dos candidatos à liderança local em 2017 desencadearam manifestações generalizadas na cidade. Na segunda-feira, milhares de ativistas pró-democracia forçaram o fechamento temporário da sede do governo depois de se chocarem com a polícia.

O premiê chinês, Li Keqiang, visitou Londres em junho para fortalecer os laços diplomáticos e econômicos, congelados desde 2012, quando Cameron se encontrou com o Dalai Lama, o líder espiritual tibetano exilado que Pequim diz ser um separatista perigoso.

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