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Candidato do PS francês: não haverá 'duas campanhas' como em 2007

François Hollande foi escolhido pelo partido para enfrentar Nicolas Sarkozy nas eleições de 2012

François Hollande venceu a disputa interna do partido pela vaga (Pierre Andrieu/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2011 às 13h35.

Paris - François Hollande, eleito candidato do Partido Socialista (PS) para as eleições presidenciais de 2012, afirmou, em entrevista exclusiva à AFP, que não haverá "duas campanhas", a do candidato e a do partido, nem "uma campanha com duplo comando", diferente do que ocorreu nas eleições de 2007.

Pergunta: Esta noite (de domingo) marca um momento especial em sua vida?

Resposta: Sim, uma frase que define minha situação é 'receber confiança'. Recebi um voto de confiança, uma confiança militante de uma unidade política em meu partido. É uma dádiva tripla ser escolhido por militantes de um partido unido. Dou meus cumprimentos a Martine Aubry, que, como adversária e primeira-secretária, usou de gestos e palavras adequadas.

P: O que significa Martine Aubry retornar ao cargo de primeira-secretária? Será uma campanha com dois comandos?

R: Não. Ela vai desempenhar seu papel no partido através do projeto que adotamos, e assim conduzirá a campanha. Não há duas campanhas e, muito menos, uma campanha com duplo comando. Aprendemos a lição (de 2007). Precisamos de uma relação e um vínculo com o partido. Os sinais desta noite foram bons, um candidato que está em seu partido e não em outro lugar com uma primeira-secretária que está a serviço do candidato. Todas essas condições dão grande confiança para o resto da campanha.

P: Qual é o seu programa para os próximos dias?

R: Tenho um evento no sábado, a convenção de candidatura. Depois as viagens serão organizadas. Provavelmente na terça-feira, em Madri, teremos uma reunião entre ex-chefes de Estado e de Governo com o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo isso em harmonia com o partido. Fui o primeiro secretário do PS, eu mais do que ninguém, respeito esta família. Após a convenção teremos que recuperar as forças e pensar na organização. Nós vamos ter que criar uma equipe de campanha, mas não precisamos correr. Devemos medir as vantagens e desvantagens das fórmulas usadas até agora.

Quanto a outras viagens ao exterior, veremos quais privilegiaremos. Não vamos precipitar nada. É preciso respeitar o tempo e o ritmo.

P: Você se distanciará da imprensa depois destas primárias?

R: Eu acho que os franceses têm o direito de ouvir também a direita e os outros partidos. Fomos muito observados, fomos ouvidos e acompanhados, mas não acredito que tenho que entrar nessa para fazer campanha. Ao mesmo tempo, não deixarei passar muito tempo, porque pode dar a impressão de que tínhamos uma boa campanha primária, mas não há nada por trás

P: Vai ampliar suas propostas?

R: Não, mas vamos aprofundar nossas propostas. A batalha contra a direita se dará aí. Eles nos dissecaram. A direita vai lançar uma ofensiva dizendo: 'isto é o que custará à vocês'. Portanto, precisamos definir bem o nosso projeto.

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Paris - François Hollande, eleito candidato do Partido Socialista (PS) para as eleições presidenciais de 2012, afirmou, em entrevista exclusiva à AFP, que não haverá "duas campanhas", a do candidato e a do partido, nem "uma campanha com duplo comando", diferente do que ocorreu nas eleições de 2007.

Pergunta: Esta noite (de domingo) marca um momento especial em sua vida?

Resposta: Sim, uma frase que define minha situação é 'receber confiança'. Recebi um voto de confiança, uma confiança militante de uma unidade política em meu partido. É uma dádiva tripla ser escolhido por militantes de um partido unido. Dou meus cumprimentos a Martine Aubry, que, como adversária e primeira-secretária, usou de gestos e palavras adequadas.

P: O que significa Martine Aubry retornar ao cargo de primeira-secretária? Será uma campanha com dois comandos?

R: Não. Ela vai desempenhar seu papel no partido através do projeto que adotamos, e assim conduzirá a campanha. Não há duas campanhas e, muito menos, uma campanha com duplo comando. Aprendemos a lição (de 2007). Precisamos de uma relação e um vínculo com o partido. Os sinais desta noite foram bons, um candidato que está em seu partido e não em outro lugar com uma primeira-secretária que está a serviço do candidato. Todas essas condições dão grande confiança para o resto da campanha.

P: Qual é o seu programa para os próximos dias?

R: Tenho um evento no sábado, a convenção de candidatura. Depois as viagens serão organizadas. Provavelmente na terça-feira, em Madri, teremos uma reunião entre ex-chefes de Estado e de Governo com o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo isso em harmonia com o partido. Fui o primeiro secretário do PS, eu mais do que ninguém, respeito esta família. Após a convenção teremos que recuperar as forças e pensar na organização. Nós vamos ter que criar uma equipe de campanha, mas não precisamos correr. Devemos medir as vantagens e desvantagens das fórmulas usadas até agora.

Quanto a outras viagens ao exterior, veremos quais privilegiaremos. Não vamos precipitar nada. É preciso respeitar o tempo e o ritmo.

P: Você se distanciará da imprensa depois destas primárias?

R: Eu acho que os franceses têm o direito de ouvir também a direita e os outros partidos. Fomos muito observados, fomos ouvidos e acompanhados, mas não acredito que tenho que entrar nessa para fazer campanha. Ao mesmo tempo, não deixarei passar muito tempo, porque pode dar a impressão de que tínhamos uma boa campanha primária, mas não há nada por trás

P: Vai ampliar suas propostas?

R: Não, mas vamos aprofundar nossas propostas. A batalha contra a direita se dará aí. Eles nos dissecaram. A direita vai lançar uma ofensiva dizendo: 'isto é o que custará à vocês'. Portanto, precisamos definir bem o nosso projeto.

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