Economia

Câmara dos EUA aprova projeto de reforma tributária

A proposta aprovada na Câmara reduziria as receitas fiscais do governo em US$ 1,4 trilhão ao longo da próxima década

Câmara dos EUA: nenhum deputado democrata votou a favor do projeto (Mladen Antonov/AFP/AFP)

Câmara dos EUA: nenhum deputado democrata votou a favor do projeto (Mladen Antonov/AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 17h24.

Última atualização em 16 de novembro de 2017 às 19h11.

Washington - A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira um amplo pacote de cortes de impostos afetando empresas, pessoas físicas e famílias, levando republicanos e o presidente Donald Trump a dar um passo importante na direção da maior reformulação do código tributário em uma geração.

Em linha com a composição das bancadas dos partidos, a votação de 227 a 205 transfere agora o debate para o Senado dos EUA, onde uma outra proposta já encontrou resistências dos mesmos republicanos. Não se espera nenhuma ação decisiva do Senado até o feriado de Ação de Graças na semana que vem.

Trump, que busca sua primeira grande vitória legislativa desde a posse em janeiro, foi ao Capitólio antes da votação para pedir aos republicanos que aprovassem a medida, que democratas chamam de doação para os ricos e empresas.

O Congresso dos EUA não revisa de forma extensa o código tributário desde que o republicano Ronald Reagan era presidente. A medida aprovada pela Câmara não é tão abrangente como o pacote de Reagan de 1986, mas é a mais ambiciosa desde então.

O caminho do projeto no Senado, onde os republicanos possuem uma maioria mais apertada, é marcado por obstáculos políticos envolvendo o déficit federal, saúde e a distribuição de benefícios fiscais. Os republicanos não podem perder mais de dois votos no Senado.

O projeto de lei aprovado na Câmara, que deve aumentar o déficit federal em cerca de 1,5 trilhão de dólares nos próximos 10 anos segundo estimativas, reduz de sete para quatro o número de alíquotas de Imposto de Renda para pessoas físicas e famílias e corta de 35 por cento para 20 por cento a alíquota para empresas.

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