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Bruxelas pede medidas mais concretas à Itália em reformas

A Comissão Europeia enviou ao país um questionário para que esclareça as reformas econômicas às quais se comprometeu com seus parceiros da zona do euro

Questionada sobre os rumores de uma possível renúncia de Silvio Berlusconi, a Comissão Europeia deixou claro que não interferiria em sua análise da economia italiana (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 11h06.

Bruxelas - A Comissão Europeia enviou à Itália um questionário para que esclareça as reformas econômicas às quais se comprometeu com seus parceiros da zona do euro, que nesta segunda-feira buscarão também mais detalhes sobre essas medidas na reunião do Eurogrupo.

Segundo explicou o porta-voz econômico da Comissão, Amadeu Altafaj, o questionário tem como principal objetivo obter informações mais concretas sobre 'o calendário de aplicação', os 'planos de ação' e o 'impacto orçamentário das medidas' propostas.

Além disso, uma equipe de analistas do Executivo comunitário estará nesta semana em Roma para analisar as reformas, segundo indicou o porta-voz em entrevista coletiva.

O grupo redigirá um relatório que será posteriormente apresentado pelo comissário de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, ao Eurogrupo antes do fim de novembro.

Os especialistas europeus operarão de forma 'independente', mas Bruxelas se manterá em 'estreito contato' com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que também tem a missão de supervisionar a economia italiana.


'A Itália será parte das discussões desta segunda-feira no Eurogrupo', relatou Altafaj, que afirmou confiar que o ministro de Finanças italiano, Giulio Tremonti, explicará 'quando e como pensam implementar as medidas' incluídas na carta enviada pelo primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, a seus parceiros europeus.

Questionada sobre os rumores de uma possível renúncia de Berlusconi, a Comissão Europeia deixou claro que não interferiria em sua análise da economia italiana.

Além disso, rejeitou 'contundentemente qualquer analogia entre Grécia e Itália', lembrando que o país adotou medidas que o permitem cumprir seus objetivos orçamentários, enquanto a Grécia depende da ajuda externa.

Por outro lado, o Executivo comunitário voltou a pedir que a aplicação dos planos para reforçar a capacidade do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), que tem como objetivo mais imediato frear um possível contágio da crise grega à Itália, seja acelerada.

Nesta segunda-feira, a taxa de risco da Itália, que se mede com o diferencial entre o bônus nacional a dez anos e o alemão de mesmo prazo, alcançou os 490 pontos básicos, o que representa um recorde histórico.

Altafaj ressaltou que a Comissão espera uma 'discussão intensa' sobre o reforço do FEEF nesta tarde no Eurogrupo, cuja reunião começa às 14h (horário de Brasília) em Bruxelas.

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Segundo explicou o porta-voz econômico da Comissão, Amadeu Altafaj, o questionário tem como principal objetivo obter informações mais concretas sobre 'o calendário de aplicação', os 'planos de ação' e o 'impacto orçamentário das medidas' propostas.

Além disso, uma equipe de analistas do Executivo comunitário estará nesta semana em Roma para analisar as reformas, segundo indicou o porta-voz em entrevista coletiva.

O grupo redigirá um relatório que será posteriormente apresentado pelo comissário de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, ao Eurogrupo antes do fim de novembro.

Os especialistas europeus operarão de forma 'independente', mas Bruxelas se manterá em 'estreito contato' com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que também tem a missão de supervisionar a economia italiana.


'A Itália será parte das discussões desta segunda-feira no Eurogrupo', relatou Altafaj, que afirmou confiar que o ministro de Finanças italiano, Giulio Tremonti, explicará 'quando e como pensam implementar as medidas' incluídas na carta enviada pelo primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, a seus parceiros europeus.

Questionada sobre os rumores de uma possível renúncia de Berlusconi, a Comissão Europeia deixou claro que não interferiria em sua análise da economia italiana.

Além disso, rejeitou 'contundentemente qualquer analogia entre Grécia e Itália', lembrando que o país adotou medidas que o permitem cumprir seus objetivos orçamentários, enquanto a Grécia depende da ajuda externa.

Por outro lado, o Executivo comunitário voltou a pedir que a aplicação dos planos para reforçar a capacidade do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), que tem como objetivo mais imediato frear um possível contágio da crise grega à Itália, seja acelerada.

Nesta segunda-feira, a taxa de risco da Itália, que se mede com o diferencial entre o bônus nacional a dez anos e o alemão de mesmo prazo, alcançou os 490 pontos básicos, o que representa um recorde histórico.

Altafaj ressaltou que a Comissão espera uma 'discussão intensa' sobre o reforço do FEEF nesta tarde no Eurogrupo, cuja reunião começa às 14h (horário de Brasília) em Bruxelas.

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