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Brasil não apoia ação militar na Síria sem aval da ONU

Novo chanceler brasileiro destacou que o uso de armas químicas é "intolerável", mas pediu que se espere os resultados da investigação da ONU

O novo chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, discursa diante do antecessor, Antonio Patriota (Evaristo Sa/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 08h09.

Brasília - O Brasil não apoiará uma intervenção militar na Síria sem o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas, afirmou nesta quarta-feira o chanceler Luiz Alberto Figueiredo.

"A posição do governo brasileiro é, e sempre foi, a de considerar uma intervenção armada que não seja feita ao abrigo de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU como uma violação ao direito internacional e à Carta da ONU", declarou o ministro, citado pela imprensa brasileira.

Figueiredo destacou que o uso de armas químicas na Síria é "intolerável", mas pediu que se espere os resultados de uma investigação da ONU sobre o caso.

Os membros permanentes do Conselho de Segurança não chegaram a um acordo nesta quarta-feira sobre a proposta de resolução britânica que justificava uma intervenção militar na Síria.

A divisão entre Rússia e China, por um lado, e Estados Unidos, Reino Unido e França, por outro, reflete fielmente as posições de cada um no Conselho sobre o conflito que já deixou mais de 100.000 mortos e obrigou milhões de sírios a deixar o país desde março de 2011.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que ainda não tomou uma decisão sobre como responder ao uso de armas químicas na Síria, destacando que qualquer ação será um alerta para o regime em Damasco.


Obama acrescentou que sua equipe está convencida de que um "compromisso militar direto" dos Estados Unidos na Síria "não ajudaria" a atual situação no terreno.

Londres afirmou que não vai lançar uma ação militar na Síria até que tenha conhecimento dos resultados apresentados pelos especialistas da ONU que investigam no local o suposto ataque com armas químicas.

"O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve ter a oportunidade de receber esse esclarecimento e todos os esforços devem ser feitos para se obter uma resolução do Conselho apoiando uma ação militar antes que uma ação como essa seja lançada".

"Antes de qualquer envolvimento britânico direto em uma ação como esta, uma outra votação será realizada na Câmara dos Comuns", destaca uma moção do governo que será apresentada nesta quinta ao Parlamento.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta quarta que os especialistas precisam de quatro dias para concluir seu trabalho no local. "Em seguida, os especialistas deverão fazer análises científicas. Depois, deveremos fazer um relatório ao Conselho de Segurança para que atue da forma que julgar necessário".

O regime sírio, com uma atitude desafiadora, previu nesta quarta-feira por meio de seu premier, Wael al Halqi, que a Síria será "o cemitério dos invasores".

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Brasília - O Brasil não apoiará uma intervenção militar na Síria sem o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas, afirmou nesta quarta-feira o chanceler Luiz Alberto Figueiredo.

"A posição do governo brasileiro é, e sempre foi, a de considerar uma intervenção armada que não seja feita ao abrigo de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU como uma violação ao direito internacional e à Carta da ONU", declarou o ministro, citado pela imprensa brasileira.

Figueiredo destacou que o uso de armas químicas na Síria é "intolerável", mas pediu que se espere os resultados de uma investigação da ONU sobre o caso.

Os membros permanentes do Conselho de Segurança não chegaram a um acordo nesta quarta-feira sobre a proposta de resolução britânica que justificava uma intervenção militar na Síria.

A divisão entre Rússia e China, por um lado, e Estados Unidos, Reino Unido e França, por outro, reflete fielmente as posições de cada um no Conselho sobre o conflito que já deixou mais de 100.000 mortos e obrigou milhões de sírios a deixar o país desde março de 2011.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que ainda não tomou uma decisão sobre como responder ao uso de armas químicas na Síria, destacando que qualquer ação será um alerta para o regime em Damasco.


Obama acrescentou que sua equipe está convencida de que um "compromisso militar direto" dos Estados Unidos na Síria "não ajudaria" a atual situação no terreno.

Londres afirmou que não vai lançar uma ação militar na Síria até que tenha conhecimento dos resultados apresentados pelos especialistas da ONU que investigam no local o suposto ataque com armas químicas.

"O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve ter a oportunidade de receber esse esclarecimento e todos os esforços devem ser feitos para se obter uma resolução do Conselho apoiando uma ação militar antes que uma ação como essa seja lançada".

"Antes de qualquer envolvimento britânico direto em uma ação como esta, uma outra votação será realizada na Câmara dos Comuns", destaca uma moção do governo que será apresentada nesta quinta ao Parlamento.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta quarta que os especialistas precisam de quatro dias para concluir seu trabalho no local. "Em seguida, os especialistas deverão fazer análises científicas. Depois, deveremos fazer um relatório ao Conselho de Segurança para que atue da forma que julgar necessário".

O regime sírio, com uma atitude desafiadora, previu nesta quarta-feira por meio de seu premier, Wael al Halqi, que a Síria será "o cemitério dos invasores".

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