Biden nomeia militar veterana trans para equipe de transição
Indicação de Biden pode ser vista como um sinal do governo para reverter o banimento de transexuais no Exército americano
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de novembro de 2020 às 20h33.
Mesmo enquanto o governo Trump bloqueia seu acesso ao governo, o presidente eleito Joe Biden avançou na terça-feira, 10, com um marco importante na transição de poder, nomeando equipes que começarão a reunir informações sobre as operações federais. Uma das participantes é a veterana trangênero Shawn Skelly, que fará parte da equipe de transição junto ao Departamento de Defesa.
Skelly foi comandante da Marinha americana por 20 anos e foi a primeira pessoa transgênero a ser indicada a um cargo do governo pelo presidente dos Estados Unidos, em 2013, no governo Obama, quando assumiu a função de assistente especial do subsecretário de Defesa.
Atualmente, Skelly é vice-presidente do Out in National Security um grupo apartidário de profissionais de segurança nacional que une ativismo e educação pela defesa dos direitos LGBT.
A indicação de Biden pode ser vista como um sinal do governo para reverter o banimento de transexuais no Exército americano, medida imposta pelo presidente Trump em abril de 2019. Em julho de 2017, Trump anunciou que daria andamento à medida, afirmando que os militares "não podem ser sobrecarregados com os tremendos custos médicos e perturbações que um transgênero nas forças armadas acarretaria."
Em entrevista ao Dallas Voice, em fevereiro de 2020, Joe Biden afirmou que reverteria a decisão de Trump logo no início da gestão. "No meu primeiro dia de presidência, restaurarei defesas à população LGBT que o presidente retirou, incluindo a garantia para pessoas transgênero de servir abertamente ao exército."