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Biden nega que candidatura de Hillary condicione sua decisão

O vice-presidente americano afirmou estar "confiante" que poderia ser "um bom presidente", mas que ainda não tomou uma decisão a respeito


	Joe Biden: "Ainda falta muito tempo. Não tomei uma decisão de disputar as prévias (democratas) ou não. E enquanto isso tenho um trabalho", lembrou o vice-presidente
 (Lintao Zhang/Reuters)

Joe Biden: "Ainda falta muito tempo. Não tomei uma decisão de disputar as prévias (democratas) ou não. E enquanto isso tenho um trabalho", lembrou o vice-presidente (Lintao Zhang/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 15h11.

Washington - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deixou a porta aberta para ser o candidato democrata à presidência em 2016 e disse nesta quarta-feira que uma eventual concorrência com Hillary Clinton não seria um fator na hora de tomar essa decisão.

"Não, não diretamente", afirmou Biden em entrevista ao programa "This morning" da "CBS" ao ser perguntado se sua hipotética candidatura dependerá do que Hillary Clinton, que lidera as pesquisas de apoio entre os eleitores democratas para 2016, disser, já que a ex-primeira dama ainda não confirmou sua intenção de disputar as prévias pelo partido.

O vice-presidente americano afirmou estar "confiante" que poderia ser "um bom presidente", mas que ainda não tomou uma decisão a respeito.

"Ainda falta muito tempo. Não tomei uma decisão de disputar as prévias (democratas) ou não. E enquanto isso tenho um trabalho", lembrou na entrevista realizada depois do discurso sobre o Estado da União de ontem à noite do presidente Barack Obama no Congresso dos EUA.

"A única decisão para que um homem ou uma mulher decida concorrer à presidência, e tenho certeza que Hillary vê da mesma maneira, é acreditar que está mais bem posicionado para fazer o que a nação precisa no momento", acrescentou.

Biden também comentou as dificuldades que a Casa Branca enfrenta para trabalhar com um Congresso frontalmente dividido entre republicanos e democratas, que impediu até agora de levar adiante projetos de lei considerados prioritários pela Administração Obama, como a reforma migratória.

"Acho que vamos ver muita mais cooperação com o Congresso este ano que nos últimos cinco", apontou, desta vez em entrevista ao canal "NBC".


Biden contou ter conversado com o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, antes do discurso de Obama de ontem à noite, a quem pediu que considere a reforma migratória este ano.

"Ano passado, o presidente (Obama) pediu progressos em imigração e de fato todo mundo disse não. Este ano parece que vamos conseguir fazer algo", disse Biden, que foi senador por mais de duas décadas.

Uma proposta de reforma migratória integral foi aprovada no Senado, de maioria democrata, no meio do ano passado, mas está emperrada na Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, que preferem um enfoque parcial da reforma.

Por último, também aproveitou para avaliar os polêmicos comentários feitos pelo ex-secretário de Defesa Robert Gates em livro de memórias publicado recentemente, onde critica Biden de cometer erros em política externa.

O atual vice-presidente se referiu a Gates, que já foi diretor da CIA, como "um homem íntegro", mas ressaltou que os dois estavam "em desacordo em quase todos os grandes temas" de política externa.

"Tínhamos uma visão diferente sobre o Vietnã. Tínhamos uma visão diferente sobre Bósnia. Tínhamos uma visão diferente sobre o Irã. Essa foi uma das razões pelas quais votei contra sua designação como diretor da CIA. E tivemos visões diferentes sobre o Afeganistão", lembrou Biden, ao sustentar que "estou muito confortável com minhas posições".

"Deixarei que o público americano julgue quem estava correto e quem não", concluiu. 

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