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Bersani aceita indicação de Napolitano para formar Governo

Segundo informou Napolitano em uma comparecimento perante os meios de imprensa em Roma, Bersani deverá buscar os apoios parlamentares que garantam sua posse

Pier Luigi Bersani: o líder da centro-esquerda anunciou que se reunirá com as forças parlamentares e políticas "com ideias claras, com poucas palavras e intenções precisas". (REUTERS / Remo Casilli)
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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2013 às 15h20.

Roma  O líder da centro-esquerda e secretário-geral do Partido Democrata (PD), Pier Luigi Bersani, aceitou nesta sexta-feira a incumbência de formar um Governo na Itália que foi designada pelo presidente da República, Giorgio Napolitano.

Segundo informou Napolitano em uma comparecimento perante os meios de imprensa em Roma, Bersani - líder da coalizão de centro-esquerda vencedora das eleições passadas - deverá buscar os apoios parlamentares que garantam sua posse, uma vez que não conta com a maioria absoluta no Senado, e voltar depois perante o chefe de Estado com o resultado de seus contatos.

"Cheguei à conclusão que designarei o chefe da coalizão de centro-esquerda, Pier Luigi Bersani. Apesar de ter obtido uma margem de vantagem bastante estreita, está em condições mais favoráveis para buscar uma solução ao problema do Governo através do contato com outras forças do Parlamento", disse Napolitano.

"Conferi a Pier Luigi Bersani a incumbência de verificar a existência de um apoio parlamentar seguro para permitir a formação de um Governo que tenha a confiança de ambas as câmaras", acrescentou.

Em seu longo discurso, o presidente repassou as difíceis circunstâncias nas quais Bersani deverá tentar formar um Governo, após um resultado ajustado nas eleições, ficando à frente da centro-direita de Silvio Berlusconi, que propôs um Executivo de união nacional.

"O essencial é mostrar a nós mesmos, à Europa e à comunidade internacional o quanto apreciamos o valor da estabilidade institucional, não menos que a estabilidade financeira. De ambas depende o grau de confiança de nosso país", afirmou o presidente da República, cujo mandato termina em maio.


Napolitano se referiu à possibilidade do Governo de união nacional proposto por Berlusconi, com o apoio de seu partido e o de Bersani, admitindo que existem "dificuldades relevantes por causa de antigas divergências e contraposições" que tinham sido atenuadas durante o Executivo de Mario Monti, mas que "voltaram a explodir" no final da legislatura, em dezembro.

Instantes após o discurso de Napolitano, o próprio Bersani informou que aceitava a incumbência para formar um Governo que possa realizar a mudança esperada pelos italianos, dizendo que tomará o tempo que for necessário, pois a Itália se encontra em uma "situação difícil".

"Com a máxima determinação e também buscando a ponderação e o equilíbrio ao qual o presidente quis fazer referência, tentarei responder a esta incumbência", declarou Bersani.

É preciso procurar um "início de legislatura que tenha um Governo em condições necessárias para alcançar a mudança esperada pelos italianos e reformas que garantam o que não se viu até agora: uma reforma institucional e político-constitucional", afirmou Bersani.

O líder da centro-esquerda anunciou que se reunirá com as forças parlamentares e políticas "com ideias claras, com poucas palavras e intenções precisas" sobre essas reformas, que se baseiam em um programa de oito pontos já anunciado após as eleições.

Bersani foi o último líder político a se reunir com Napolitano durante os dois dias de consultas que o presidente da República manteve na quarta-feira e na quinta-feira com os representantes dos grupos parlamentares, entre eles o comediante Beppe Grillo e Berlusconi.

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Roma  O líder da centro-esquerda e secretário-geral do Partido Democrata (PD), Pier Luigi Bersani, aceitou nesta sexta-feira a incumbência de formar um Governo na Itália que foi designada pelo presidente da República, Giorgio Napolitano.

Segundo informou Napolitano em uma comparecimento perante os meios de imprensa em Roma, Bersani - líder da coalizão de centro-esquerda vencedora das eleições passadas - deverá buscar os apoios parlamentares que garantam sua posse, uma vez que não conta com a maioria absoluta no Senado, e voltar depois perante o chefe de Estado com o resultado de seus contatos.

"Cheguei à conclusão que designarei o chefe da coalizão de centro-esquerda, Pier Luigi Bersani. Apesar de ter obtido uma margem de vantagem bastante estreita, está em condições mais favoráveis para buscar uma solução ao problema do Governo através do contato com outras forças do Parlamento", disse Napolitano.

"Conferi a Pier Luigi Bersani a incumbência de verificar a existência de um apoio parlamentar seguro para permitir a formação de um Governo que tenha a confiança de ambas as câmaras", acrescentou.

Em seu longo discurso, o presidente repassou as difíceis circunstâncias nas quais Bersani deverá tentar formar um Governo, após um resultado ajustado nas eleições, ficando à frente da centro-direita de Silvio Berlusconi, que propôs um Executivo de união nacional.

"O essencial é mostrar a nós mesmos, à Europa e à comunidade internacional o quanto apreciamos o valor da estabilidade institucional, não menos que a estabilidade financeira. De ambas depende o grau de confiança de nosso país", afirmou o presidente da República, cujo mandato termina em maio.


Napolitano se referiu à possibilidade do Governo de união nacional proposto por Berlusconi, com o apoio de seu partido e o de Bersani, admitindo que existem "dificuldades relevantes por causa de antigas divergências e contraposições" que tinham sido atenuadas durante o Executivo de Mario Monti, mas que "voltaram a explodir" no final da legislatura, em dezembro.

Instantes após o discurso de Napolitano, o próprio Bersani informou que aceitava a incumbência para formar um Governo que possa realizar a mudança esperada pelos italianos, dizendo que tomará o tempo que for necessário, pois a Itália se encontra em uma "situação difícil".

"Com a máxima determinação e também buscando a ponderação e o equilíbrio ao qual o presidente quis fazer referência, tentarei responder a esta incumbência", declarou Bersani.

É preciso procurar um "início de legislatura que tenha um Governo em condições necessárias para alcançar a mudança esperada pelos italianos e reformas que garantam o que não se viu até agora: uma reforma institucional e político-constitucional", afirmou Bersani.

O líder da centro-esquerda anunciou que se reunirá com as forças parlamentares e políticas "com ideias claras, com poucas palavras e intenções precisas" sobre essas reformas, que se baseiam em um programa de oito pontos já anunciado após as eleições.

Bersani foi o último líder político a se reunir com Napolitano durante os dois dias de consultas que o presidente da República manteve na quarta-feira e na quinta-feira com os representantes dos grupos parlamentares, entre eles o comediante Beppe Grillo e Berlusconi.

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