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Bernanke diz que mercado imobiliário desacelera nos EUA

Presidente do Fed afirma, no entanto, que queda nas vendas acontece de forma ordenada e moderada. Aos bancos, lembrou a importância do acordo Basiléia II

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

O presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, afirmou que dados recentes indicam que o mercado imobiliário dos Estados Unidos começou a reduzir o ritmo de crescimento em que vem embalado há alguns anos. A declaração foi feita em conferência do Fed realizada nesta quinta-feira (18/5) em Chicago.

Segundo o americano The Wall Street Journal, o presidente afirmou que "parece muito claro que o mercado imobiliário está desacelerando", mas acrescentou que o setor está sendo contido de forma "ordenada e moderada". A opinião foi compartilhada pelo presidente do Federal Reserve de Richmond, Jeffrey Lacker - ele declarou que as perspectivas de crescimento real da economia parecem "razoavelmente sólidas, mesmo se levado em consideração um cenário plausível de declínio nas vendas de imóveis".

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No evento, Bernanke também comentou o recente aumento do número de financiamentos imobiliários não-tradicionais - empréstimos com taxas de juros ajustáveis e datas de pagamento fixas -, dizendo que o Fed está preocupado com a proliferação dessa modalidade de crédito. De acordo com o presidente, o banco central americano deve divulgar, em breve, uma orientação aos bancos a respeito dos financiamentos, com o objetivo de garantir que as instituições financeiras sejam prudentes em relação aos riscos das operações e que os clientes saibam exatamente os termos sob os quais estão tomando dinheiro.

Bernanke abordou ainda no discurso o acordo Basiléia II, discutido há anos nos Estados Unidos, que consiste em uma instrução aos bancos para que usem novas e complexas fórmulas de risco para gerenciar capital. A idéia básica da proposta é promover estabilidade ao sistema financeiro dos Estados Unidos e preparar os grandes bancos para que possam lidar com qualquer problema econômico que possa surgir no mundo. "Nenhuma crise imediata nos exige que avancemos em direção a Basiléia II, mas a evolução gradual das práticas do mercado e o surgimento de operações bancárias cada vez mais complexas, em escala global, pedem que façamos mudanças significativas no modo pelo qual gerenciamos o capital", afirmou o presidente.

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