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Banco central americano pretende adiar corte de juros

Ata da última reunião do Federal Reserve leva analistas a apostar que a taxa básica de juros americana só caíra no segundo trimestre de 2007

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode adiar a redução da taxa básica de juros do país por mais tempo do que o mercado supunha. Segundo o jornal britânico Financial Times, a ata do último encontro do Federal Open Market Committee (Fomc - o equivalente americano ao Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil) mostra que as autoridades monetárias ainda estão bastantes preocupadas com os riscos de inflação.

Segundo a ata, o Fomc considera o declínio dos preços de energia, a desaceleração da inflação e de seu núcleo como "pontos que indicam uma modesta melhora nas perspectivas". Os membros do comitê, porém, ainda enxergam "um risco substancial de que a inflação não caia como o previsto".

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A cotação dos títulos públicos americanos, que registrava queda na última semana, recuaram ainda mais, diante das chances reduzidas de cortes imediatos das taxas de juros. No mercado, a expectativa agora é de que a redução dos juros ocorra apenas no segundo trimestre de 2007, e não no primeiro, como se apostava.

Em agosto, o Fomc decidiu interromper o ciclo de aumentos da taxa americana de juros, após 17 altas consecutivas. Os juros permaneceram em 5,25% ao ano. O patamar foi mantido também em setembro.

A reação dos mercados à ata foi negativa. Os investidores esperavam que os sinais de desaceleração da economia americana estimulassem um corte de juros. Mas a disposição do Fed de não revisar a taxa e, ainda, enfatizar os riscos de inflação fez com que as bolsas fechassem em queda em todo o mundo. O Índice Dow Jones encerrou esta quarta-feira (11/10) com um recuo de 0,13%. O Nasdaq baixou 0,31%. Ambos foram ainda afetados, no final do pregão, pelas notícias de que um pequeno avião havia se chocado contra um prédio em Nova York, o que elevou o nervosismo dos operadores. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou o mercado internacional e caiu 0,86%.

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