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Aliados de Chávez apoiam missão de paz na Líbia

Chávez disse nesta semana que busca criar uma iniciativa com países da América Latina, Europa e Oriente Médio para negociar uma solução para o conflito na Líbia

Hugo Chávez propõe liderar diálogo com a Líbia (Michael Nagle/Getty Images)

Hugo Chávez propõe liderar diálogo com a Líbia (Michael Nagle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2011 às 15h07.

Caracas- Um bloco de países de esquerda da América Latina apoiou na sexta-feira a proposta do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de permitir um plano para buscar a paz e evitar o envio de tropas à Líbia.

Chávez disse nesta semana que busca criar uma iniciativa com países da América Latina, Europa e Oriente Médio para negociar uma solução para o conflito na Líbia, proposta que provocou queda nos preços de petróleo na véspera.

"O conselho político da Alba apoia a iniciativa de paz e união do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, para criar uma comissão internacional humanitária pela paz e integridade da Líbia com a finalidade de evitar a agressão militar da Otan", segundo um comunicado lido após a reunião entre chanceleres do grupo em Caracas.

Uma fonte do governo venezuelano chegou a manifestar a intenção de convencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a liderar a missão, mas reconheceu que a ideia ainda estava em uma fase inicial.

A Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) foi fundada por Chávez e seus aliados Cuba e Bolívia. No entanto, o presidente venezuelano, que participou da parte final da reunião, não adiantou detalhes do conteúdo da proposta.

"Prefiro reservar algumas informações que temos ... vamos trabalhar fazendo contato com países da África, do mundo árabe, de outras partes, na Europa também", disse o Chávez durante o evento televisionado.

No entanto, as possibilidades de ajudar a pôr fim ao conflito são escassas, já que os rebeldes têm descartado negociações e muitos veem Chávez como um aliado próximo do líder líbio, Muammar Gaddafi.

A revolta contra Gaddafi é a mais sangrenta contra um mandatário no Oriente Médio e no norte da África.

Os países da Alba rejeitaram a "intenção de se aproveitar da trágica situação para justificar uma guerra de conquista sobre os recursos de energia" do país.

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