Mundo

Acordo faz operários voltarem ao trabalho em Santo Antônio

Parte dos trabalhadores já aceitou proposta feita pela Odebrecht, responsável pela obra, mas ameaça de greve é mantida caso o acordo não seja cumprido

Obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio estão paralisadas há duas semanas (ABr/Wikimedia Commons)

Obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio estão paralisadas há duas semanas (ABr/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 17h12.

Brasília - Parte dos operários da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira (RO), que estavam em greve há duas semanas, voltaram ao trabalho hoje (4), depois de aprovar a proposta negociada entre representantes da Odebrecht e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Duas novas assembleias deverão ser realizadas ainda nesta segunda-feira para que os trabalhadores dos turnos da tarde e da noite avaliem a proposta.

Até 1º de maio, quando vence a data-base dos trabalhadores da hidrelétrica, os sindicatos decidiram declarar estado de greve e ameaçam paralisar novamente as obras se as propostas não forem cumpridas.

Segundo a CUT, cerca de 5 mil operários retomaram o trabalho na manhã de hoje. O acordo, fechado na última quinta-feira (31), prevê antecipação do reajuste salarial de 5% para o mês de abril e o aumento do valor da cesta básica de R$ 100 pra R$ 132. Os operários também conquistaram licença de cinco dias a cada três meses trabalhados, com direito a passagem de avião - de ida e volta - até as capitais de seus estados de origem.

A empresa também concordou em oferecer mais uma opção de plano de saúde e se comprometeu a avaliar o pedido de mudança na operadora de vale alimentação pago aos funcionários.

A CUT, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia (Sticcero) e a Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom) vão se reunir com representantes da Camargo Corrêa, uma das responsáveis pela construção de outra usina no Rio Madeira, a Hidrelétrica Jirau. As obras estão paradas desde o dia 15 de março, após uma onda de protestos que terminou com a destruição de ônibus e alojamentos. Por causa da confusão, o canteiro de obras foi fechado por determinação da Justiça.

Uma comitiva de parlamentares da Comissão de Meio Ambiente do Senado está em Rondônia para visitar os canteiros de obras das duas hidrelétricas e avaliar com o governador do estado, Confúcio Moura, a situação nos dois empreendimentos.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas brasileirasEnergia elétricaGrevesHidrelétricasNovonor (ex-Odebrecht)Sindicatos

Mais de Mundo

Grécia vai construir a maior 'cidade inteligente' da Europa, com casas de luxo e IA no controle

Seis mortos na Nova Caledônia, onde Exército tenta retomar controle do território

Guerra nas estrelas? EUA ampliam investimentos para conter ameaças em órbita

Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos essenciais, diz diretora do Fed

Mais na Exame