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A polícia feminina do Estado Islâmico que aterroriza a Síria

Em Raqqa, cidade conhecida como "capital" do EI, grupo patrulha as ruas para garantir que as civis não violem as leis morais impostas pelos extremistas

Mulheres compram sapatos em Raqqa: na capital do Estado Islâmico, as civis que não seguem as leis morais impostas pelo grupo são açoitadas publicamente (Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 15h31.

São Paulo – Depois de estabelecer o controle em Raqqa, cidade na Síria considerada a “capital” do Estado Islâmico ( EI ), os jihadistas resolveram instituir uma força policial feminina que se tornou um de seus braços mais repressores: a temida Al-Khansaa.

O objetivo inicial da criação do grupo era o de ajudar os homens na revista de pessoas. A ideia era a de desmascarar fugitivos disfarçados de mulheres . Pouco a pouco, contudo, a Al-Khansaa deixou de ser um mero acessório do EI e expandiu sua área de atuação.

Agora, elas são as fiscais da moral nas ruas de Raqqa. Abordam as civis com truculência e punem duramente aquelas que consideram estar violando a “sharia”, lei islâmica que ganhou uma interpretação extremista pelo EI.

De acordo com o site Syria Deeply, há alguns meses, a Al-Khansaa invadiu uma escola nos arredores da cidade e prendeu dez estudantes, além de professoras e funcionárias. Algumas foram acusadas de estarem usando véus transparentes e outras de terem prendido o cabelo com a intenção de mostrar o rosto.

Todas permaneceram encarceradas por 6 horas e receberam 30 chicotadas cada. “Este grupo foi criado com o objetivo de criar o medo entre mulheres e meninas de Raqqa”, explicou ao site uma adolescente identificada apenas como Zainab.

A jovem também já foi alvo da fúria da Al-Khansaa por ter saído de casa sem a companhia de um homem. “Só me libertaram depois de testar os meus conhecimentos sobre orações, jejum e hijab” (a vestimenta que cobre as mulheres da cabeça aos pés).

Estrutura

Segundo relatos de uma mulher que fez parte do grupo, mas conseguiu fugir para a Turquia, a Al-Khansaa é formada por 30 participantes que são responsáveis por patrulhar as ruas de Raqqa com atenção especial às roupas usadas pelas civis. É proibido mostrar os olhos ou usar vestimentas justas, bordadas ou coloridas.

Aquelas que não respeitam as regras são amarradas e chicoteadas publicamente. A execução da pena é feita por uma mulher chamada Umm Hamza, conhecida em Raqqa como uma das militantes das mais violentas da Al-Khansaa.

Khadija, como a refugiada foi identificada pela rede de notícias CNN, recebia o equivalente a 200 dólares por mês e foi treinada para realizar a manutenção das armas do grupo em um prédio frequentado apenas pelas mulheres do grupo no centro de Raqqa.

Não se sabe ao certo quem lidera esta força repressora do EI. As maiores suspeitas, contudo, recaem sobre uma jovem de 20 anos, conforme explica o jornal britanico The Independent, a escocesa Aqsa Mahmood.

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São Paulo – Depois de estabelecer o controle em Raqqa, cidade na Síria considerada a “capital” do Estado Islâmico ( EI ), os jihadistas resolveram instituir uma força policial feminina que se tornou um de seus braços mais repressores: a temida Al-Khansaa.

O objetivo inicial da criação do grupo era o de ajudar os homens na revista de pessoas. A ideia era a de desmascarar fugitivos disfarçados de mulheres . Pouco a pouco, contudo, a Al-Khansaa deixou de ser um mero acessório do EI e expandiu sua área de atuação.

Agora, elas são as fiscais da moral nas ruas de Raqqa. Abordam as civis com truculência e punem duramente aquelas que consideram estar violando a “sharia”, lei islâmica que ganhou uma interpretação extremista pelo EI.

De acordo com o site Syria Deeply, há alguns meses, a Al-Khansaa invadiu uma escola nos arredores da cidade e prendeu dez estudantes, além de professoras e funcionárias. Algumas foram acusadas de estarem usando véus transparentes e outras de terem prendido o cabelo com a intenção de mostrar o rosto.

Todas permaneceram encarceradas por 6 horas e receberam 30 chicotadas cada. “Este grupo foi criado com o objetivo de criar o medo entre mulheres e meninas de Raqqa”, explicou ao site uma adolescente identificada apenas como Zainab.

A jovem também já foi alvo da fúria da Al-Khansaa por ter saído de casa sem a companhia de um homem. “Só me libertaram depois de testar os meus conhecimentos sobre orações, jejum e hijab” (a vestimenta que cobre as mulheres da cabeça aos pés).

Estrutura

Segundo relatos de uma mulher que fez parte do grupo, mas conseguiu fugir para a Turquia, a Al-Khansaa é formada por 30 participantes que são responsáveis por patrulhar as ruas de Raqqa com atenção especial às roupas usadas pelas civis. É proibido mostrar os olhos ou usar vestimentas justas, bordadas ou coloridas.

Aquelas que não respeitam as regras são amarradas e chicoteadas publicamente. A execução da pena é feita por uma mulher chamada Umm Hamza, conhecida em Raqqa como uma das militantes das mais violentas da Al-Khansaa.

Khadija, como a refugiada foi identificada pela rede de notícias CNN, recebia o equivalente a 200 dólares por mês e foi treinada para realizar a manutenção das armas do grupo em um prédio frequentado apenas pelas mulheres do grupo no centro de Raqqa.

Não se sabe ao certo quem lidera esta força repressora do EI. As maiores suspeitas, contudo, recaem sobre uma jovem de 20 anos, conforme explica o jornal britanico The Independent, a escocesa Aqsa Mahmood.

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