Exame Logo

A pirataria das garrafas

O comércio paralelo de embalagens impede que a reciclagem de vidro aumente no Brasil

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h26.

Organizar cooperativas de catadores não é o único desafio das empresas de vidro que usam material reciclado. O setor vive hoje às voltas com uma barreira muito mais difícil de ser eliminada: a reutilização ilegal das garrafas. Nesse comércio paralelo de embalagens, indústrias de bebida sem marca compram garrafas de fabricantes renomados para reutilizá-las com o seu produto. A prática, além de ilegal e perigosa, é um dos grandes freios da reciclagem de embalagens de vidro no Brasil. Segundo dados da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), nos últimos quatro anos o índice de reciclagem ficou estacionado em 45% das embalagens. A Owens-Illinois do Brasil, um dos maiores fabricantes nacionais, é uma das empresas que lutam contra esse problema. Atualmente, a companhia utiliza 100 000 toneladas de cacos de vidro por ano para a fabricação de embalagens -- equivalentes à metade de toda a matéria-prima utilizada para sua produção anual. No entanto, se houvesse material suficiente, 100% da fabricação poderia ser feita com vidro reciclado. Na Alemanha, por exemplo, a reciclagem de vidro chega a 91%. "O problema da falsificação é tipicamente brasileiro", afirma Leandro Pignataro, gerente-geral de marketing da Owens-Illinois, que opera em mais de 30 países.

Além do impacto ambiental, a substituição da areia por cacos de vidro como matéria-prima reduz os custos de produção. Uma das maiores economias é com energia, uma vez que o processo à base de reciclagem exige menos calor nos fornos que o sistema tradicional. Em média, a economia é de 120 reais por tonelada de vidro produzido -- praticamente o mesmo preço que a empresa paga para os fornecedores dos cacos. Para incentivar a reciclagem, a companhia faz um trabalho de conscientização da população, executado com a Abividro. A idéia é orientar os consumidores para que eles não revendam as garrafas e não as coloquem no lixo inteiras. "A reciclagem é feita com os cacos. Por isso não é preciso deixar a garrafa inteira para conseguir reciclar", diz Pignataro.

Veja também

Organizar cooperativas de catadores não é o único desafio das empresas de vidro que usam material reciclado. O setor vive hoje às voltas com uma barreira muito mais difícil de ser eliminada: a reutilização ilegal das garrafas. Nesse comércio paralelo de embalagens, indústrias de bebida sem marca compram garrafas de fabricantes renomados para reutilizá-las com o seu produto. A prática, além de ilegal e perigosa, é um dos grandes freios da reciclagem de embalagens de vidro no Brasil. Segundo dados da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), nos últimos quatro anos o índice de reciclagem ficou estacionado em 45% das embalagens. A Owens-Illinois do Brasil, um dos maiores fabricantes nacionais, é uma das empresas que lutam contra esse problema. Atualmente, a companhia utiliza 100 000 toneladas de cacos de vidro por ano para a fabricação de embalagens -- equivalentes à metade de toda a matéria-prima utilizada para sua produção anual. No entanto, se houvesse material suficiente, 100% da fabricação poderia ser feita com vidro reciclado. Na Alemanha, por exemplo, a reciclagem de vidro chega a 91%. "O problema da falsificação é tipicamente brasileiro", afirma Leandro Pignataro, gerente-geral de marketing da Owens-Illinois, que opera em mais de 30 países.

Além do impacto ambiental, a substituição da areia por cacos de vidro como matéria-prima reduz os custos de produção. Uma das maiores economias é com energia, uma vez que o processo à base de reciclagem exige menos calor nos fornos que o sistema tradicional. Em média, a economia é de 120 reais por tonelada de vidro produzido -- praticamente o mesmo preço que a empresa paga para os fornecedores dos cacos. Para incentivar a reciclagem, a companhia faz um trabalho de conscientização da população, executado com a Abividro. A idéia é orientar os consumidores para que eles não revendam as garrafas e não as coloquem no lixo inteiras. "A reciclagem é feita com os cacos. Por isso não é preciso deixar a garrafa inteira para conseguir reciclar", diz Pignataro.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame