A neutralização do terrorista de Nice contada pela polícia
Saiba como foi a intervenção da polícia por um dos três policiais que matou Mohamed Lahouaiej-Bouhlel
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2016 às 13h16.
São Paulo - A queima de fogos de artifício durante o feriado nacional de 14 de julho em Nice acabava de terminar. Uma chamada por rádio afirma que um caminhão atropelou pedestres. A multidão corre "para todos os lados", os corpos jazem no chão.
Saiba como foi a intervenção da polícia por um dos três policiais que matou Mohamed Lahouaiej-Bouhlel.
Parada na esquina de uma avenida e da Promenade des Anglais, uma equipe da "brigada de chão especializada" da polícia - uma mulher e dois homens - observa os muitos espectadores da queima de fogos retornando para casa.
Estes três policiais são responsáveis por "garantir a segurança da Promenade", conta um deles em um relatório verbal que a AFP teve acesso neste domingo.
Eles, então, recebem uma chamada por rádio indicando que um caminhão atropelou muitos espectadores. Muito rapidamente, uma segunda mensagem de rádio os informa que o caminhão está na Promenade des Anglais.
Os três policiais correm pela famosa avenida que beira o Mar Mediterrâneo.
Frente a um dos policiais, "está um caminhão acidentado". "Ele para na frente do veículo, completamente destruído, sem nem mesmo o capô do motor", relata.
Vários metros para trás e sob o caminhão, os agentes veem pessoas caídas no chão, muito sangue e ouvem "seus choros e gritos".
"Eu não compreendi imediatamente o que estava acontecendo", admite o policial. "Corria gente em todas as direções".
Um homem então sobe do lado do motorista do caminhão, e os policiais não sabem se ele tenta pegar ou bater no motorista. Dois outros policiais o seguram - ele, na verdade, era um transeunte que tentava deter o assassino.
O motorista do caminhão pega uma arma, os policiais veem "seu braço com uma arma de punho na mão direita". Mohamed Lahouaiej-Bouhlel começa a atirar. O policial, a cerca de 15 metros, "saca sua arma e vai na direção" do assassino.
Tiros são disparados. O policial está "quase à sua frente", à sua esquerda, enquanto o caminhão está na calçada.
O policial atira uma primeira vez mirando na cabeça, porque "é a única coisa" que ele vê. O motorista se abaixa antes.
Ele reaparece no banco do passageiro. O policial atira novamente, assim como seus dois colegas, escondidos atrás das palmeiras.
Então Lahouaiej-Bouhlel direciona sua arma para eles. O policial dispara novamente duas vezes antes de ver "sua cabeça cair para trás, do lado do passageiro do caminhão".
Ele não sabe se matou o motorista. Entre os três, os policiais dispararam cerca de vinte tiros antes de receberem a ordem de parar de atirar.
São Paulo - A queima de fogos de artifício durante o feriado nacional de 14 de julho em Nice acabava de terminar. Uma chamada por rádio afirma que um caminhão atropelou pedestres. A multidão corre "para todos os lados", os corpos jazem no chão.
Saiba como foi a intervenção da polícia por um dos três policiais que matou Mohamed Lahouaiej-Bouhlel.
Parada na esquina de uma avenida e da Promenade des Anglais, uma equipe da "brigada de chão especializada" da polícia - uma mulher e dois homens - observa os muitos espectadores da queima de fogos retornando para casa.
Estes três policiais são responsáveis por "garantir a segurança da Promenade", conta um deles em um relatório verbal que a AFP teve acesso neste domingo.
Eles, então, recebem uma chamada por rádio indicando que um caminhão atropelou muitos espectadores. Muito rapidamente, uma segunda mensagem de rádio os informa que o caminhão está na Promenade des Anglais.
Os três policiais correm pela famosa avenida que beira o Mar Mediterrâneo.
Frente a um dos policiais, "está um caminhão acidentado". "Ele para na frente do veículo, completamente destruído, sem nem mesmo o capô do motor", relata.
Vários metros para trás e sob o caminhão, os agentes veem pessoas caídas no chão, muito sangue e ouvem "seus choros e gritos".
"Eu não compreendi imediatamente o que estava acontecendo", admite o policial. "Corria gente em todas as direções".
Um homem então sobe do lado do motorista do caminhão, e os policiais não sabem se ele tenta pegar ou bater no motorista. Dois outros policiais o seguram - ele, na verdade, era um transeunte que tentava deter o assassino.
O motorista do caminhão pega uma arma, os policiais veem "seu braço com uma arma de punho na mão direita". Mohamed Lahouaiej-Bouhlel começa a atirar. O policial, a cerca de 15 metros, "saca sua arma e vai na direção" do assassino.
Tiros são disparados. O policial está "quase à sua frente", à sua esquerda, enquanto o caminhão está na calçada.
O policial atira uma primeira vez mirando na cabeça, porque "é a única coisa" que ele vê. O motorista se abaixa antes.
Ele reaparece no banco do passageiro. O policial atira novamente, assim como seus dois colegas, escondidos atrás das palmeiras.
Então Lahouaiej-Bouhlel direciona sua arma para eles. O policial dispara novamente duas vezes antes de ver "sua cabeça cair para trás, do lado do passageiro do caminhão".
Ele não sabe se matou o motorista. Entre os três, os policiais dispararam cerca de vinte tiros antes de receberem a ordem de parar de atirar.