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1 trilhão de dólares para salvar o planeta

Foi a pedido do então ministro das Finanças da Inglaterra, Gordon Brown, que o ex-economista-chefe do Banco Mundial Nicholas Stern fez o mais abrangente estudo sobre o impacto das mudanças climáticas no planeta. Em 2006, o Relatório Stern foi publicado e imediatamente se tornou a maior referência no mundo sobre o impacto econômico de uma […]

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DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Foi a pedido do então ministro das Finanças da Inglaterra, Gordon Brown, que o ex-economista-chefe do Banco Mundial Nicholas Stern fez o mais abrangente estudo sobre o impacto das mudanças climáticas no planeta. Em 2006, o Relatório Stern foi publicado e imediatamente se tornou a maior referência no mundo sobre o impacto econômico de uma espécie de pane ambiental. Agora, três anos depois, Stern adaptou o relatório para uma linguagem mais acessível no livro A Blueprint for a Safer Planet (em português, “Um projeto para um planeta mais seguro”). Para evitar o pior, segundo ele, as emissões globais de gases de efeito estufa devem cair à metade até 2050. A boa notícia é que, do ponto de vista econômico, o trabalho é perfeitamente viável. Stern acredita que um investimento de 2% do PIB global por ano — equivalente a 1 trilhão de dólares — seja sufi ciente para bancar pesquisas para desenvolver as tecnologias necessárias para atingir a meta. “Parece caro, mas outra maneira de ver a situação é que esse custo adiaria só por seis meses o atingimento do mesmo nível de renda que alcançaríamos em 2050 sem esses investimentos”, diz. O livro fala pouco do Brasil, mas adverte que o desmatamento da Amazônia é o grande desafi o da política ambiental no país. A pressão internacional para controlar o problema, segundo ele, só vai crescer. Mais animadora é a análise de Stern sobre a situação da China, recordista mundial em emissão de gases causadores do efeito estufa. Segundo ele, os chineses sabem que nenhum acordo global faz sentido sem sua presença, por isso estão se preparando para fazer concessões.

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Foi a pedido do então ministro das Finanças da Inglaterra, Gordon Brown, que o ex-economista-chefe do Banco Mundial Nicholas Stern fez o mais abrangente estudo sobre o impacto das mudanças climáticas no planeta. Em 2006, o Relatório Stern foi publicado e imediatamente se tornou a maior referência no mundo sobre o impacto econômico de uma espécie de pane ambiental. Agora, três anos depois, Stern adaptou o relatório para uma linguagem mais acessível no livro A Blueprint for a Safer Planet (em português, “Um projeto para um planeta mais seguro”). Para evitar o pior, segundo ele, as emissões globais de gases de efeito estufa devem cair à metade até 2050. A boa notícia é que, do ponto de vista econômico, o trabalho é perfeitamente viável. Stern acredita que um investimento de 2% do PIB global por ano — equivalente a 1 trilhão de dólares — seja sufi ciente para bancar pesquisas para desenvolver as tecnologias necessárias para atingir a meta. “Parece caro, mas outra maneira de ver a situação é que esse custo adiaria só por seis meses o atingimento do mesmo nível de renda que alcançaríamos em 2050 sem esses investimentos”, diz. O livro fala pouco do Brasil, mas adverte que o desmatamento da Amazônia é o grande desafi o da política ambiental no país. A pressão internacional para controlar o problema, segundo ele, só vai crescer. Mais animadora é a análise de Stern sobre a situação da China, recordista mundial em emissão de gases causadores do efeito estufa. Segundo ele, os chineses sabem que nenhum acordo global faz sentido sem sua presença, por isso estão se preparando para fazer concessões.

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