"O mercado imobiliário é o mais saudável da economia”, diz especialista
Intenção de compra de imóveis saltou de 8,75%, em junho, para 23,10% em agosto segundo dados da empresa de pesquisas Datastore
Gabriella Sandoval
Publicado em 25 de setembro de 2020 às 20h12.
Última atualização em 15 de março de 2021 às 20h11.
Um levantamento feito pela empresa especializada em pesquisas para o setor imobiliário Datastore mostra que as intenções de compra de imóveis para os próximos 24 meses vêm crescendo no Brasil. Segundo a pesquisa, os números passaram de 8,75%, em junho, para 23,10% em agosto. “Nunca houve uma queda e uma recuperação tão rápida. O estoque inteiro do país foi praticamente vendido. Economicamente falando, o mercado imobiliário é o mais saudável da economia brasileira”, destaca Marcus Araújo, CEO e fundador da Datastore.
Os números corroboram dados de um levantamento recente a Brain Consultoria Estratégica e que apontam para um cenário ainda mais positivo. Com base em entrevistas com 689 consumidores, a pesquisa indica um aumento na intenção de compra nos próximos dois anos de 20%, em abril, para 40% em agosto.
Retomada do setor
Para Araújo, apesar da retomada em V das intenções de compra e venda impulsionada por fatores como a queda da taxa de juros, os bons resultados dependem da retomada dos empregos. A boa notícia é que em julho, o Brasil criou mais de 131 mil empregos formais segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – o primeiro número positivo desde a chegada da pandemia no Brasil.
Uma pesquisa feita semanalmente pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em canteiros de obras desde que começaram os primeiros casos de contaminação também aponta para a normalização das atividades. Em março, o balanço chegou a registrar 116 obras paradas. Já o último relatório, feito entre os dias 17 e 18 de setembro, indica apenas duas. A pesquisa destaca ainda uma melhora em outros indicadores, como aumento no número de pessoas infectadas recuperadas, a ausência de internações hospitalares pela terceira semana consecutiva e nenhum registro de óbito pela oitava semana seguida.