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Descubra bairros de São Paulo que tiveram a maior alta no preço do aluguel

Dianteira de ranking do Imovelweb é ocupada pelo Jaguara; República e Pinheiros foram os bairros nos quais o valor do aluguel mais despencou

Alugueis em alta: Vila Andrade, Belém e Vila Sônia estão entre os bairros que apresentaram alta no valor médio de locação (Germano Lüders/Exame)
GS

Gabriella Sandoval

Publicado em 26 de agosto de 2021 às 08h00.

Última atualização em 26 de agosto de 2021 às 12h05.

Passado um ano e meio do início da pandemia no Brasil, o setor imobiliário continua a ser fortemente impactado por ela. O advento do home office levou muitas pessoas a se mudar para regiões com maior oferta de casas e apartamentos mais espaçosos, deixando para trás áreas antes disputadíssimas, nas quais as unidades tendem a ser menores, mais caras ou as duas coisas.

O índice de preços do Imovelweb retrata as transformações em curso em São Paulo com precisão. De acordo com o levantamento mais recente, de julho, o valor médio do aluguel em diversos bairros badalados da capital diminuiu nos últimos doze meses.

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Bairros com aluguel em queda

Em Pinheiros, por exemplo, sempre associado à vida cultural, aos bares e à gastronomia, a queda foi de 9,82% — no ranking de depreciação só perdeu para a República. Logo ao lado, Perdizes registrou um decréscimo de 3,88% e o afamado Itaim Bibi, que concentra o centro financeiro paulistano, viu seus alugueis baixarem 0,44%, em média.

Bairros com aluguel em alta

Na dianteira do ranking dos campeões de valorização aparece o Jaguara, com preços 19,88% mais caros. Três outros bairros, aparentemente sem nenhuma semelhança entre si, registraram crescimentos bem parecidos: Vila Andrade (19,29%), Belém (19,26%) e Vila Sônia (19,08%). “A valorização dos imóveis em várias cidades brasileiras reforça que o mercado imobiliário é um dos poucos setores da economia que continua com perspectivas de crescimento”, destacou o Imovelweb ao divulgar o levantamento.

Ele também revelou que o preço médio de um aluguel na cidade — considerando um apartamento de 65 metros quadrados, com dois quartos e uma vaga de garagem — é de 3.448 reais. O valor também se refere a julho e representa uma queda de 0,3% em relação ao mês anterior. Para uma unidade com três quartos o valor sobe para 4.545 reais. Na República, cobram-se em média 2.983 reais por mês (considerando a planta de dois quartos); em Pinheiros, 4.065 reais. O aluguel médio no Jaguara, também no caso do apartamento com dois quartos, é de 1.673 reais; na Vila Andrade, de 2.511 reais. O bairro com maior preço médio de aluguel é o Itaim: 4.802 reais mensais.

Imóveis à venda

O levantamento também se debruçou sobre vendas de imóveis. Em julho, o valor do metro quadrado na cidade aumentou 0,3% (nos últimos doze meses o salto foi de 2,5%). Atualmente, aquele apartamento padrão, o de 65 metros quadrados, está custando cerca de 591.000 reais. O metro quadrado médio, portanto, está estimado em 9.390 reais.

Considerando todos os distritos, 85% deles computaram aumento de preço. Os dados mostram que a maior valorização ocorreu no Jardim Helena, cujo metro quadrado custa 4.599 reais. O segundo lugar ficou com São Miguel Paulista (4.735 reais/m²) e o terceiro com o Jaçanã (5.216 reais/m²). Os bairros que mais se desvalorizaram foram o Pari (6.496 reais/m²), a Cidade Dutra (4.922 reais/m²) e Parelheiros (6.534 reais/m²).

Por fim, o Imovelweb atualizou o chamado índice de rentabilidade imobiliária, que relaciona o preço de venda ao valor de locação do imóvel — permite verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro gasto com a aquisição da propriedade. No relatório de julho, o índice foi de 5,78%. Significa que são necessários 17,3 anos de aluguel para obter o valor investido no imóvel, ou 2,3% a menos que há um ano.

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