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Vou vender o carro para investir no Tesouro Direto. É uma boa opção?

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 (Alessandro De Carli/EyeEm/Getty Images)

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Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 17 de fevereiro de 2019 às 07h00.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2019 às 07h00.

Pergunta do leitor: “Tenho um carro e pensei em vendê-lo para começar um investimento no Tesouro Direto. É uma boa opção?”

Resposta de Marcela Kawauti*:

Se você não tem necessidade de percorrer grandes distâncias com o automóvel diariamente, vendê-lo é, sim, uma boa opção financeira. O carro é o que chamamos de “passivo financeiro” para aqueles que não o utilizam como ferramenta de trabalho, ou seja, é um item que só gera gastos.

Além do valor do automóvel em si, que fica imobilizado e se desvaloriza com o passar do tempo, ainda há os custos com combustível, impostos, estacionamento, seguro, manutenções ocasionais, limpeza... Se você ainda não somou todos os gastos que teve com o seu carro no último ano, provavelmente tomará um susto ao fazer isso. 

Também é verdade que o automóvel proporciona conforto e alguma segurança com relação a se deslocar durante imprevistos que podem acontecer, mas o ganho financeiro que você terá ao substituir seu carro pelo transporte público no dia a dia muito provavelmente compensará a perda de conforto. Os aplicativos de transporte dão a cobertura necessária em situações ocasionais ou de imprevistos para aqueles que não possuem carro próprio.

É claro que essa regra se torna exceção para quem percorre distâncias muito longas todos os dias e o custo de oportunidade de abrir mão do carro depende também da sua rotina e da cidade em que você mora, por quesitos como trânsito e disponibilidade de transportes alternativos. Entretanto, o benefício financeiro de se desfazer do carro é considerável e, por esse motivo, muitas pessoas têm optado por vender seus carros e utilizar meios de transporte alternativos no dia a dia.

O outro ponto a se analisar é onde aplicar o dinheiro que você ganhará com a venda do automóvel. Mesmo falando de Tesouro Direto, você precisa ter bem definida a finalidade dessa quantia para optar pelo melhor papel.

Caso a intenção seja manter uma reserva de emergências, da qual pode ser necessário retirar o dinheiro a qualquer momento, a melhor opção é o Tesouro Selic. Ele possui baixa volatilidade, o que garante que você não tenha prejuízo se precisar tirar o dinheiro antes do vencimento do papel.

Para o caso de investimentos com maior tempo de duração, você pode optar tanto pelo título pré-fixado, quanto pelo Tesouro IPCA+, que paga uma taxa de juros anual acrescida da inflação oficial do período, garantindo que o dinheiro aplicado no longo prazo tenha sempre um rendimento real, acima da inflação.

No caso desses dois últimos papéis, é importante prestar atenção na data de vencimento no momento da compra, porque se você optar por resgatar a quantia antecipadamente, pode acabar tendo prejuízo. Preste atenção também na cobrança de Imposto de Renda sobre os rendimentos. A alíquota cobrada é menor quanto maior a duração da aplicação.

 

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