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Quanto você paga de internet em comparação com o mundo?

Levantamento do site Melhor Escolha comparou preços da conexão fixa em relação ao salário médio da população em 12 países

Susto: Internet pesa mais no bolso do brasileiro do que no dos gringos (Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Publicado em 29 de julho de 2016 às 12h02.

São Paulo - O preço que você paga pela internet fixa no Brasil pode até ser similar (e, em alguns casos, menor) do que os europeus ou americanos desembolsam por esse serviço. Mas, isso é bem diferente de dizer que o custo é justo.

Levando em conta o salário médio da população, a internet proporcionalmente pesa até seis vezes mais no bolso do brasileiro, em planos de até 100 megabits, do que no dos gringos.

Um levantamento realizado pelo site Melhor Escolha comparou os valores médios de planos de internet fixa de 36 operadoras em 12 países. A pesquisa levou em conta o salário médio em cada país e mostrou quanto o serviço impacta na renda média dos consumidores locais.

“Os preços no Brasil são muito semelhantes aos de diversos países no mundo, mas esse dado conta só metade da história. O peso da internet no bolso do brasileiro é muito maior”, explica Jonas Justo, CEO do Melhor Escolha e coordenador da pesquisa.

Foram comparados preços de planos de internet mais ou menos rápida, só que nem todos os países oferecem as mesmas velocidades aos consumidores. Quanto mais rápida é a internet oferecida pelas operadoras, menos desigual é a infraestrutura de telecomunicações dentro do país.

Os valores em moeda local foram convertidos em reais para efeito de comparação. Veja:

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Pesquise muito antes de adquirir um plano

Como mostrou a pesquisa, a internet é proporcionalmente cara no Brasil em relação à renda. “Estamos em uma cilada. Pagamos muito além do que é justo”, avalia Rafael Zanata, pesquisador em telecomunicações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor ( Idec ).

O melhor que você pode fazer ao adquirir um plano é pesquisar com calma as diferenças de preços no mercado. Sites como o Melhor Escolha ajudam a comparar os valores oferecidos pelas operadoras.

Além do preço do plano, fique de olho na taxa de instalação da internet fixa e nas cláusulas de fidelidade por um ano no contrato, que não são obrigatórias.

São Paulo – Apesar do acesso à internet ter melhorado nos últimos anos, ainda há 84 milhões de brasileiros offline. No ranking mundial, o Brasil ocupa a 68° colocação – atrás de países como Chile e Argentina – com 57% da população conectada.  Os dados fazem parte de um relatório divulgado na última segunda-feira pela Comissão de Banda Larga pelo Desenvolvimento Digital, da Organização das Nações Unidas ( ONU ) e mostram uma enorme disparidade entre países ricos e emergentes. Conexão quase discada Se os números do país estão aquém do desejado, eles são ainda mais críticos dependendo da região. No Norte, por exemplo, seis em cada dez casas não contam com acesso à internet. Em regiões mais ricas, como o Sudeste , a situação é oposta – 60% dos domicílios contam com o serviço. Navegue pelas fotos e veja como os hábitos dos brasileiros no meio digital variam de região para região. Os números foram retirados do levantamento Tic Domicílios, produzido pelo Cetic, órgão vinculado ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, e de um estudo recente da agência de pesquisas Hello Research.
  • 2. Custo é principal motivo para brasileiro não ter internet em casa

    2 /7(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

  • Veja também

    Um em cada dois lares brasileiros não tem acesso à internet, de acordo com a pesquisa Tic Domicílios. A proporção é ainda maior no Norte e no Nordeste.
    Domicílios sem acesso à internet(em % do total)
    Norte65
    Nordeste63
    Centro-Oeste56
    Sul49
    Sudeste40
    O custo elevado é o principal motivo apontado para não ter internet em casa, seguido pela falta de computador e a falta de interesse. A região em que os preços mais pesam na hora de contratar um serviço de internet é o Norte. Lá, 68% dos entrevistados disseram não ter acesso à web pelo serviço ser caro.
    Domicílios que não têm internet 'pelo custo elevado do serviço'(em % do total)
    Norte68
    Nordeste49
    Sul49
    Centro-Oeste47
    Sudeste44
  • 3. Nordeste é onde mais gente usa o wi-fi do vizinho

    3 /7(Boris van Zanten / Wikimedia Commons)

  • No Brasil, 13% das famílias usam a rede do vizinho para se conectar à web. O dado faz parte da pesquisa Tic Domicílios, que não mostra se o empréstimo de rede tem ou não o consentimento do vizinho. A prática é mais comum na região Nordeste, onde 22% dos entrevistados disseram usar a conexão dos outros.
    Domicílios que usam a rede do vizinho(em % do total)
    Nordeste22
    Norte11
    Sudeste11
    Sul12
    Centro-Oeste10
  • 4. O dia todo na internet

    4 /7(Getty Images)

    Seis em cada dez brasileiros navegam pela web todos os dias. Nos estados do Sul, Sudeste e do Centro-Oeste a frequência é ainda maior.
    Pessoas que usam a internet todos os dias(em % do total)
    Sul65
    Centro-Oeste64
    Sudeste61
    Nordeste50
    Norte45
    Por outro lado, pouco mais de 25% dos entrevistados disseram nunca usar a internet. Os maiores percentuais foram encontrados no Norte e no Nordeste.
    Pessoas que nunca usam a internet(em % do total)
    Norte35
    Sudeste28
    Nordeste27
    Sul23
    Centro-Oeste20
  • 5. Na palma da mão

    5 /7(Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

    O aparelho celular é, de longe, o meio mais usado para o acesso à internet. Uma pesquisa feita pelo Hello Research mostra que 97% dos entrevistados costumam navegar na web pelo dispositivo móvel. O comportamento não difere muito de região para região.
    Pessoas que usam smartphone para acessar à internet(em % do total)
    Sul100
    Sudeste98
    Nordeste97
    Centro-Oeste97
    Norte92
    O computador de mesa ocupa a segunda posição, com 36%, seguido por notebooks, com 31%. O tablet é utilizado por apenas 8%.
  • 6. Twitter é o queridinho no Sul, Instagram no Nordeste e Whatsapp no Norte

    6 /7(Flickr//jasonahowie/CC)

    A preferência pelas redes sociais também difere de região para região. Um levantamento da agência de pesquisas Hello Research mostra, por exemplo, que o Instagram é a rede favorita dos nordestinos. Por lá, 29% dos entrevistados afirmaram gostar do serviço de compartilhamento de fotos.

    No caso do Whatsapp, a maior preferência foi registrada no Norte – 93% dos entrevistados disseram preferir o aplicativo de mensagens instantâneas.

    O Sul é o lugar onde mais pessoas gostam do Facebook, do Youtube e Twitter, com 97%, 48% e 13%, respectivamente.

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  • 7. Veja agora como os brasileiros cuidam de seus filhos

    7 /7(Nadezhda1906/Thinkstock)

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