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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Os fundos brasileiros de índice geridos pelo banco britânico Barclays não serão afetados pelo acordo fechado entre a instituição e o fundo europeu CVC na quinta-feira (9/4). A administração continuará a cargo do Citibank DTVM. A gestão dos fundos permanecerá com o Banco Barclays SA, o braço da instituição no Brasil.
Na quinta-feira, o Barclays anunciou a venda de sua divisão de fundos de índices, batizada de iShares, ao fundo CVC Capital Partners, com sede em Luxemburgo, por 4,4 bilhões de dólares. Segundo comunicado do banco, a conclusão do negócio ainda depende do cumprimento de algumas etapas. Uma delas é a abertura, entre 15 de abril e 18 de junho, da oferta de venda do iShares a outros interessados, a fim de obter eventualmente uma melhor oferta. Mas, segundo o próprio banco, não há garantia de que uma proposta mais alta seja apresentada. A conclusão do negócio é prevista para novembro deste ano.
Os fundos de índices iShare do Barclays são comercializados em 14 países. No Brasil, o iShare foi lançado em dezembro de 2008. Os investidores brasileiros contam com três produtos: iShares Ibovespa Fundo de Índice (BOVA11); iShares BM&FBovespa Small Cap Fundo de Índice (SMAL11); e iShares BM&FBovespa Mid Large Cap Fundo de Índice (MILA11).
O iShares é um tipo de fundo conhecido no exterior como ETF (Exchange Traded Fund). Trata-se de fundos de investimento cujo objetivo é acompanhar um índice de mercado, como o Ibovespa. Uma das vantagens do produto é que suas cotas podem ser negociadas diretamente na Bovespa, como se fossem ações de alguma empresa. Segundo reportagem de EXAME, outra vantagem é seu baixo custo de administração - entre 0,06% a 0,69% ao ano -, que o torna uma opção aos fundos de investimento tradicionais, cuja taxa média de administração é próxima de 3% ao ano.
Além do iShares criado pelo Barclays, desde 2004 o pregão brasileiro possui outro ETF, o PIBB, administrado pelo Itaú. Seu referencial é o IBrX-50, índice composto pelos 50 papéis mais negociados na bolsa brasileira.
Apesar dos diferenciais, o produto possui pequena presença no país. Até março, os quatro ETFs existentes por aqui representaram apenas 0,2% dos negócios da Bovespa.