Venda de títulos pela web atinge terceiro maior pico da história em março
O movimento é impulsionado pelas pessoas físicas que quiseram fugir da inflação
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Impulsionadas por investidores que quiseram fugir da inflação, as vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet, em março, tiveram o terceiro melhor resultado da história. Segundo números divulgados na semana passada pelo Tesouro Nacional, as vendas do Programa Tesouro Direto somaram R$ 202,93 milhões no mês passado.
O volume foi 77,43% superior a fevereiro e 13,37% maior do que o observado em março de 2009. Esse desempenho foi motivado, principalmente, pela demanda por títulos indexados à inflação oficial. Os papéis, corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) representaram 43,53% das vendas.
Em segundo lugar, de acordo com o Tesouro, vêm os títulos prefixados, com juros definidos no momento da compra. Esses papéis corresponderam a 39,69% do montante vendido. Os títulos indexados à taxa Selic apresentaram participação de 16,78%.
Aos poucos, os investidores estão optando por títulos de médio e longo prazo. Em março, as vendas de títulos com prazo entre um e cinco anos representaram 49,67% do total. Os títulos com prazo superior a cinco anos corresponderam a 45,77% do total, contra 41,94% no mesmo mês de 2009. Apesar de optar por prazos mais longos, os pequenos investidores são os que mais utilizam o Tesouro Direto. As aplicações de até R$ 5 mil concentraram 53,95% das vendas.
Criado em janeiro de 2002, o Tesouro Direto permite a aquisição de títulos públicos por parte de pessoas físicas pela internet. O programa tem o objetivo de ampliar o acesso a investimentos em títulos federais.