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Tarifas mais altas podem não cobrir custos da TAM e da Gol, diz Goldman Sachs

Banco de investimentos recomenda investidores americanos a adotar estratégias que atenuem perdas com papéis das aéreas brasileiras

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Mesmo que reajustem suas tarifas, a Gol e a TAM podem continuar com problemas para cobrir os custos operacionais causados pela disparada do petróleo nos últimos meses. A avaliação é do banco de investimentos Goldman Sachs. Em relatório, a instituição recomendou os investidores americanos a adotar estratégias que amenizem as perdas geradas pelos papéis das brasileiras. Ambas têm ADRs (American Depositary Receipts) negociadas na Bolsa de Nova York.

"Pode ficar pior, antes de melhorar", afirma o relatório. O documento lembra que, na última semana, a área de análises do banco rebaixou as expectativas para os papéis das empresas. No caso das ADRs da TAM, a redução foi de 22%, para 22,70 dólares, com recomendação de "neutro". Para a Gol, a baixa foi de 27%, para 13,80 dólares, sendo recomendada a "venda".

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Refletindo o encarecimento do querosene de aviação, os papéis das aéreas vêm caindo nas últimas semanas. Para evitar maiores prejuízos, o Goldman Sachs aconselha os investidores americanos a recorrer ao mercado de derivativos. A recomendação, no caso da TAM, é que os aplicadores comprem opções de venda (put) das ADRs. Para o banco, a estratégia é comprar uma opção de put com preço de exercício de 20 dólares para agosto. Simultaneamente, os investidores deveriam vender duas opções de venda com preço de exercício de 15 dólares cada. Assim, se a ADR da TAM cair a um patamar inferior a 15 dólares, o investidor lucraria obrigando alguém a comprar seus papéis por 20 dólares (opção de put), mas perderia parte do ganho ao vender outras ADRs por 15 dólares. Por volta das 17 horas (horário de Brasília) desta quarta-feira (18/6), as ADRs da TAM eram negociadas a 19,82 dólares, com queda de 1,93%. Neste ano, os papéis acumulam queda de 16%.

Para a Gol, a estratégia recomendada pelo Goldman Sachs é diferente: vender opções de compra dos papéis a um preço de exercício de 15 dólares, com vencimento em outubro. Neste ano, as ADRs da Gol acumulam queda de 47%. Às 17 horas desta quarta, as ADRs da empresa apresentavam queda de 2,54% em Nova York, sendo cotadas a 13,03 dólares.

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