Selic sobe a 14,25%. Veja como ficam poupança e renda fixa
Selic é elevada para 14,25% ao ano e deixa investimentos de renda fixa ainda mais vantajosos em relação á poupança
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2015 às 11h00.
São Paulo - A taxa básica de juros da economia, Selic, subiu 0,5 ponto porcentual, para 14,25%, conforme anunciou o Comitê de Política Monetária ( Copom ) na noite desta quarta-feira (29).
Com a nova elevação da taxa, o retorno da poupança fica ainda mais distante do rendimento de outras aplicações de renda fixa do mercado, que também são consideradas conservadoras.
Entre elas estão: os Certificados de Depósitos Bancários ( CDBs ) com taxas pós-fixadas, fundos DI e o Tesouro Selic (antiga LFT), título público negociado pelo Tesouro Direto. As três aplicações acompanham a variação da Selic. Assim, conforme a taxa básica de juros sobe, o rendimento dessas aplicações aumenta.
A caderneta, no entanto, para de acompanhar os juros quando a Selic passa de 8,5% ao ano. Pela regra atual, a caderneta rende 70% da taxa Selic quando a taxa básica é menor ou igual a 8,5% ao ano e quando a taxa é maior do que 8,5%, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR).
A alta de 0,5 ponto porcentual da taxa Selic ficou dentro das expectativas dos economistas consultados pelo Boletim Focus, do Banco Central.
Veja a seguir o retorno das aplicações de renda fixa que acompanham a taxa básica de juros com a Selic aos 14,25% ao ano:
Período | Velha Poupança* | Nova Poupança* | CDB (90% da taxa DI) | Fundo DI (taxa de 1% a.a.) | Tesouro Selic** |
---|---|---|---|---|---|
6 meses | 3,65% | 3,65% | 4,79% | 4,95% | 5,22% |
12 meses | 7,44% | 7,44% | 10,20% | 10,60% | 11,13% |
18 meses | 11,37% | 11,37% | 16,26% | 17,00% | 17,80% |
24 meses | 15,44% | 15,44% | 22,37% | 23,52% | 24,55% |
25 meses | 16,13% | 16,13% | 24,13% | 25,40% | 26,50% |
(*) Para o cálculo da poupança, foi considerada uma TR de 0,1% ao mês, que foi a TR mensal média nos útlimos 12 meses, seguno a Calculadora do Cidadão, do Banco Central.
(**) Rendimentos válidos para investimentos em corretoras que não cobram taxas de administração para aplicações no Tesouro Direto.
Os valores apresentados na tabela já são líquidos de Imposto de Renda (IR), que é cobrado em todas as aplicações, à exceção da poupança, que é isenta de IR.
Ainda que a poupança seja livre de imposto, a tabela mostra que as rentabilidades dos CDBs, fundos DI e Tesouro Selic são maiores do que a da caderneta, mesmo no prazo de até seis meses, quando esses investimentos sofrem o desconto da alíquota máxima do IR, de 22,5%.
Ao considerar prazos superiores a seis meses, os retornos dos outros investimentos se distanciam ainda mais do rendimento da poupança, já que as alíquotas do IR vão diminuindo conforme aumenta o prazo do investimento.
De acordo com a tabela regressiva do IR, aplicações feitas em até 180 dias são tributadas à alíquota de 22,5%; de 181 dias a 360 dias o imposto cai para 20%; de 361 a 720 dias vai para 17,5%; e acima de 721 dias é aplicada a menor alíquota, de 15%.
Para facilitar a simulação, foi considerara uma taxa DI igual à taxa Selic. Ambas são usadas como referência para o rendimento das aplicações de renda fixa e seguem comportamento parecido. Nos últimos 12 meses, por exemplo, a taxa DI registrou variação de 12,02% e a Selic, de 12,08%.
Por causa dessa leve diferença entre as taxas, os rendimentos de aplicações em CDBs e fundos DI, que acompanham a taxa DI, podem ser um pouco menores do que os apontados na simulação, que utiliza como parâmetro a taxa Selic. A diferença pode ser maior no caso de investimentos realizados em prazos maiores.
Já a rentabilidade do Tesouro Selic, título negociado no Tesouro Direto, é a mesma apontada na tabela, pois sua remuneração varia exatamente conforme a Selic.
As condições para bater a poupança
A simulação considerou taxas de administração e de remuneração normalmente praticadas no mercado, mas vale ressaltar que se as taxas forem superiores às usadas na tabela e as remunerações forem menores, alguns investimentos podem perder da poupança, ainda que com a alta da Selic essa hipótese tenha ficado menos provável.
Para ser mais rentável do que a poupança, independentemente do prazo de investimento, os CDBs vendidos pelos bancos devem pagar, ao menos, 70% da taxa DI. Caso a instituição financeira ofereça uma remuneração menor, pode valer mais a pena deixar o dinheiro aplicado na poupança ( calcule o rendimento da caderneta ).
Fundos DI que tenham rendimento de 100% do CDI são mais vantajosos do que a poupança se as taxas de administração cobradas pela instituição financeira não passarem de 4% ao ano. Ainda que essa taxa já seja considerada alta, existem fundos que cobram taxas ainda maiores e conseguem render menos do que a poupança.
Já o Tesouro Selic só perderia da poupança se o valor da taxa de administração cobrada fosse de 3,9% ao ano. No entanto, o porcentual máximo que pode ser cobrado por corretoras na compra de títulos públicos pelo Tesouro Direto é de 2% ao ano.
Atualmente, a maioria das instituições financeiras cobra taxas de até 0,5% pelo investimento. Algumas até isentam investidores da taxa ( veja o ranking das taxas cobradas para a compra e venda de títulos ).
Além da taxa de administração, que varia conforme a corretora escolhida, vale lembrar o investidor paga uma taxa fixa de 0,3% ao ano para custódia dos títulos na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
Veja, no vídeo a seguir, se é melhor investir em fundos ou no Tesouro Direto:
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São Paulo - A taxa básica de juros da economia, Selic, subiu 0,5 ponto porcentual, para 14,25%, conforme anunciou o Comitê de Política Monetária ( Copom ) na noite desta quarta-feira (29).
Com a nova elevação da taxa, o retorno da poupança fica ainda mais distante do rendimento de outras aplicações de renda fixa do mercado, que também são consideradas conservadoras.
Entre elas estão: os Certificados de Depósitos Bancários ( CDBs ) com taxas pós-fixadas, fundos DI e o Tesouro Selic (antiga LFT), título público negociado pelo Tesouro Direto. As três aplicações acompanham a variação da Selic. Assim, conforme a taxa básica de juros sobe, o rendimento dessas aplicações aumenta.
A caderneta, no entanto, para de acompanhar os juros quando a Selic passa de 8,5% ao ano. Pela regra atual, a caderneta rende 70% da taxa Selic quando a taxa básica é menor ou igual a 8,5% ao ano e quando a taxa é maior do que 8,5%, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR).
A alta de 0,5 ponto porcentual da taxa Selic ficou dentro das expectativas dos economistas consultados pelo Boletim Focus, do Banco Central.
Veja a seguir o retorno das aplicações de renda fixa que acompanham a taxa básica de juros com a Selic aos 14,25% ao ano:
Período | Velha Poupança* | Nova Poupança* | CDB (90% da taxa DI) | Fundo DI (taxa de 1% a.a.) | Tesouro Selic** |
---|---|---|---|---|---|
6 meses | 3,65% | 3,65% | 4,79% | 4,95% | 5,22% |
12 meses | 7,44% | 7,44% | 10,20% | 10,60% | 11,13% |
18 meses | 11,37% | 11,37% | 16,26% | 17,00% | 17,80% |
24 meses | 15,44% | 15,44% | 22,37% | 23,52% | 24,55% |
25 meses | 16,13% | 16,13% | 24,13% | 25,40% | 26,50% |
(*) Para o cálculo da poupança, foi considerada uma TR de 0,1% ao mês, que foi a TR mensal média nos útlimos 12 meses, seguno a Calculadora do Cidadão, do Banco Central.
(**) Rendimentos válidos para investimentos em corretoras que não cobram taxas de administração para aplicações no Tesouro Direto.
Os valores apresentados na tabela já são líquidos de Imposto de Renda (IR), que é cobrado em todas as aplicações, à exceção da poupança, que é isenta de IR.
Ainda que a poupança seja livre de imposto, a tabela mostra que as rentabilidades dos CDBs, fundos DI e Tesouro Selic são maiores do que a da caderneta, mesmo no prazo de até seis meses, quando esses investimentos sofrem o desconto da alíquota máxima do IR, de 22,5%.
Ao considerar prazos superiores a seis meses, os retornos dos outros investimentos se distanciam ainda mais do rendimento da poupança, já que as alíquotas do IR vão diminuindo conforme aumenta o prazo do investimento.
De acordo com a tabela regressiva do IR, aplicações feitas em até 180 dias são tributadas à alíquota de 22,5%; de 181 dias a 360 dias o imposto cai para 20%; de 361 a 720 dias vai para 17,5%; e acima de 721 dias é aplicada a menor alíquota, de 15%.
Para facilitar a simulação, foi considerara uma taxa DI igual à taxa Selic. Ambas são usadas como referência para o rendimento das aplicações de renda fixa e seguem comportamento parecido. Nos últimos 12 meses, por exemplo, a taxa DI registrou variação de 12,02% e a Selic, de 12,08%.
Por causa dessa leve diferença entre as taxas, os rendimentos de aplicações em CDBs e fundos DI, que acompanham a taxa DI, podem ser um pouco menores do que os apontados na simulação, que utiliza como parâmetro a taxa Selic. A diferença pode ser maior no caso de investimentos realizados em prazos maiores.
Já a rentabilidade do Tesouro Selic, título negociado no Tesouro Direto, é a mesma apontada na tabela, pois sua remuneração varia exatamente conforme a Selic.
As condições para bater a poupança
A simulação considerou taxas de administração e de remuneração normalmente praticadas no mercado, mas vale ressaltar que se as taxas forem superiores às usadas na tabela e as remunerações forem menores, alguns investimentos podem perder da poupança, ainda que com a alta da Selic essa hipótese tenha ficado menos provável.
Para ser mais rentável do que a poupança, independentemente do prazo de investimento, os CDBs vendidos pelos bancos devem pagar, ao menos, 70% da taxa DI. Caso a instituição financeira ofereça uma remuneração menor, pode valer mais a pena deixar o dinheiro aplicado na poupança ( calcule o rendimento da caderneta ).
Fundos DI que tenham rendimento de 100% do CDI são mais vantajosos do que a poupança se as taxas de administração cobradas pela instituição financeira não passarem de 4% ao ano. Ainda que essa taxa já seja considerada alta, existem fundos que cobram taxas ainda maiores e conseguem render menos do que a poupança.
Já o Tesouro Selic só perderia da poupança se o valor da taxa de administração cobrada fosse de 3,9% ao ano. No entanto, o porcentual máximo que pode ser cobrado por corretoras na compra de títulos públicos pelo Tesouro Direto é de 2% ao ano.
Atualmente, a maioria das instituições financeiras cobra taxas de até 0,5% pelo investimento. Algumas até isentam investidores da taxa ( veja o ranking das taxas cobradas para a compra e venda de títulos ).
Além da taxa de administração, que varia conforme a corretora escolhida, vale lembrar o investidor paga uma taxa fixa de 0,3% ao ano para custódia dos títulos na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
Veja, no vídeo a seguir, se é melhor investir em fundos ou no Tesouro Direto:
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