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Santander prevê maior atração de recursos para a Bovespa

Apesar da saída de investidores estrangeiros vista em junho, expectativa é de que apetite maior ao risco atraia capital

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A pausa na recuperação da bolsa brasileira rumo aos patamares anteriores ao aprofundamento da crise financeira fez os investidores estrangeiros retirarem 1,093 bilhão de reais em junho da BM&Bovespa. Apesar disso, a corretora do Santander, que opera de forma independente do banco, espera que o fluxo de recursos volte a ser positivo na bolsa brasileira nos próximos meses.

Enquanto os fundos dos mercados latino-americanos e dos mercados emergentes continuaram apresentando fluxo de entrada em junho, a queda de investimentos no Brasil foi explicada pelo ressurgimento de emissão de ações.

"As novas emissões estão absorvendo o fluxo que, do contrário, iria para a compra de ações no mercado secundário", afirmou a equipe.

O mês passado foi marcado pela oferta inicial de ações da Visanet, o maior da história da BM&FBovespa. Em uma operação bastante aguardada pelo mercado, a empresa abriu seu capital e levantou cerca de 8,4 bilhões de reais. Outras ofertas foram concluídas nos últimos dias pela empresa de shoppings BR Malls e pela incorporadora MRV.

Assim, a corretora reforçou que as justificativas que costumam ser usadas de que os investidores estão fugindo do Brasil para outros mercados não serviria para explicar o resultado de junho.

Atraindo recursos

Para o Santander, não só o Brasil como os demais mercados de países e da América Latina continuarão a apresentar um fluxo sustentável de atração de capitais, ainda que não tão forte quanto o nível observado durante a primeira metade deste ano.

Três fatores foram apontados como determinantes para que o fluxo de investimentos continue positivo nos próximos meses. Em primeiro lugar, os investidores estrangeiros, em médio prazo, devem continuar a entrar em tais mercados, graças ao crescente apetite por risco no contexto de recuperação, à melhora na percepção do risco e à necessidade de diversificar moedas.

Além disso, o comportamento dos investidores nacionais deve ser sustentável para o mercado, dado ser provável que o fluxo aos fundos locais cresça com os menores juros e melhora no sentimento que fomenta a tomada de risco.

Um último fator é o retorno a níveis mais normais da atividade no mercado de capitais, com mais ofertas de ações no segundo semestre de 2009. "Embora essa atividade provavelmente atrairia novos investidores à região, também é provável que absorva alguns dos fluxos adicionais, moderando o impacto geral nos preços das ações, como foi o caso de junho", reforçou o Santander.

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