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Renda fixa no exterior vai além dos juros básicos. Saiba por que investir

O mercado de renda fixa no exterior é gigantesco e pode trazer inúmeras oportunidades para o investidor brasileiro. Veja por que considerar esse mercado

Mercado de renda fixa: se antes fazia sentido investir no exterior, agora faz mais sentido ainda, garante especialista (vinnstock/Getty Images)
GS

Gabriella Sandoval

Publicado em 16 de novembro de 2020 às 09h30.

Última atualização em 9 de dezembro de 2020 às 10h39.

Com a Selic (taxa básica de juro) em 2% ao ano, a mínima histórica, grande parte dos investimentos tradicionais de renda fixa pós-fixada não consegue cobrir a perda da inflação. Dessa maneira, o investidor brasileiro se vê forçado a buscar oportunidades com maior potencial de retorno.

O natural, para muitos, é migrar os recursos da renda fixa local para a renda variável. No entanto, essa opção ainda mantém o portfólio do investidor limitado, afinal, todo o dinheiro dele estará aplicado em um único país.

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Um caminho que muitos ignoram mas pode ter retornos interessantes é o de renda fixa no exterior. Há um mito, equivocado, de que em um cenário de juro zero não é possível ganhar dinheiro, mas esquece-se que as oportunidades no mercado de renda fixa global são muito maiores do que as brasileiras – e que não se resumem à taxa básica de juro nos Estados Unidos.

Isso porque o mercado de renda fixa internacional corresponde a mais de US$ 100 trilhões, englobando diversos ativos, como prefixados, crédito corporativo e crédito estruturado. Já o mercado brasileiro, para ter uma ideia, é de apenas US$ 3 trilhões. A discrepância no tamanho também ocorre em relação ao mercado de renda variável no exterior: ele corresponde a dois terços do de renda fixa, ou seja, a renda fixa oferece muito mais opções ao investidor brasileiro.

“Essa questão de investir em renda variável no exterior pode parecer mais óbvia para o brasileiro porque, historicamente, a taxa de juro no Brasil sempre foi alta. Isso atraía o recurso do investidor para o país”, explica Luis Otavio Oliveira, vice-presidente executivo da gestora PIMCO para América Latina e Caribe.

Porém, de acordo com Oliveira, até mesmo no cenário de juros altos no Brasil já era possível ser competitivo investindo em renda fixa no exterior. “Muitas empresas que não emitem ações, emitem dívidas. Isso faz com que o mercado lá fora seja bastante profundo e líquido”, diz.

Sem contar o benefício da diversificação internacional do portfólio, que pode minimizar ou até mesmo evitar perdas. “Se antes fazia sentido investir na renda fixa no exterior, faz ainda mais sentido agora”, complementa.

Como escolher entre fundos passivos e ativos

Mas que tipo de fundo de renda fixa pode ser mais vantajoso, passivo ou ativo? Para Luis Otávio Oliveira, os fundos ativos podem ter retornos mais interessantes.

“Na renda variável, até mesmo por causa da dinâmica do mercado, faz sentido investir em fundos passivos, aqueles que seguem índices de referência do mercado. Mas na renda fixa é completamente diferente”, explica o vice-presidente executivo da PIMCO para América Latina e Caribe.

“O mercado de renda fixa internacional é muito maior do que o de variável. Muitas vezes os papéis de renda fixa, títulos, são negociados em balcão e têm dezenas de milhares de emissores, o que cria ineficiências estruturais. Uma gestora experiente, que é o caso da PIMCO, consegue explorar essas ineficiências”, comenta.

Sobre a PIMCO

A PIMCO é uma gestora global de recursos com US$ 1,92 trilhões de ativos sob gestão (dados de 30 de junho de 2020). A empresa foi fundada em 1971 na Califórnia e está presente em mais de 13 países, por meio de 17 escritórios.

“Nosso DNA acaba sendo a renda fixa, motivo pelo qual somos conhecidos mundialmente. A PIMCO também é considerada uma formadora de opinião em relação a indicadores macroeconômicos”, complementa Luis Oliveira, vice-presidente executivo da gestora americana.

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