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Queda no spread bancário é marginal em novembro

Mesmo assim, crédito aumentou durante o mês, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Ao contrário dos decréscimos acentuados ocorridos nos meses do terceiro trimestre deste ano, o Banco Central informou nesta segunda-feira (22/12), que o spread bancário do mês de novembro (a diferença entre o custo dos bancos para captar dinheiro no mercado e a remuneração obtida dos tomadores de empréstimos) sofreu uma queda de apenas 0,1 ponto percentual. A diminuição, classificada de marginal, fez com que o spread bancário do mês fosse de 30,4 pontos percentuais.

As taxas de juros das operações de crédito sofreram uma redução de 0,6 pontos percentuais em novembro. Com essa queda, a taxa ao ano registrada é de 48%, e reflete a trajetória de queda observada desde abril de 2003. Um reflexo da retração nas taxas de juros, afirmou o BC, é o crescimento das contratações de crédito pessoal e de financiamentos para compra de bens, sobretudo de veículos, também beneficiados pela redução temporária do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Eles tiveram uma taxa média de financiamento de 36,6% ao ano, com queda de 0,7 ponto percentual, a mais baixa desde abril de 2001.

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O custo dos empréstimos às pessoas físicas em novembro foi 1,2 ponto percentual menor que o do mês anterior e ficou em 68,2% ao ano. Entre os tipos de empréstimos que tiveram as maiores reduções estão o crédito pessoal e o cheque especial, com quedas de 1,3 ponto percentual e 0,9 ponto percentual, respectivamente.

O resultado disso é que os empréstimos destinados às pessoas físicas totalizaram 87,5 bilhões de reais em novembro, um aumento de 1,4% em relação a outubro.

O saldo das operações de crédito a pessoas jurídicas também cresceu 2,1% em novembro e totalizou 134,6 bilhões de reais. Nessas operações, a taxa média de juros teve uma queda de 0,2 p.p. e alcançou a taxa de 32,3% ao ano.

Segundo o BC, novembro foi o terceiro mês consecutivo de redução de inadimplência com uma queda de 0,2 ponto percentual, alcançando 8,4%. A queda deu-se sobretudo com as pessoas físicas que, com a antecipação do décimo terceiro salário, puderam quitar dívidas do crédito pessoal, do financiamento de veículos e de outros bens.

O BC também informou o volume das operações de crédito do sistema financeiro em novembro: 404,9 bilhões de reais, um aumento de 2,5% em relação ao mês anterior e de 7% no ano. A expansão mensal do volume, disse o banco, é a maior desde setembro de 2002, e foi impulsionada pelos efeitos sazonais da atividade econômica e ligeira recuperação do consumo. Desse montante, 239 bilhões de reais foram concedidos pelos bancos privados, contra 165 bilhões de reais que saíram dos cofres dos bancos públicos.

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