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Planner rebaixa ações da Vale

Corretora retirou sua recomendação de compra para os papéis e reduziu seu preço-alvo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A perspectiva de lenta recuperação na demanda e nos preços das commodities metálicas fez a corretora Planner rebaixar as ações da Vale ( VALE5 ), retirando sua recomendação de compra para os papéis. O analista Rodney Otero Melhados revisou para baixo o preço-alvo para as ações, que passou de 40 reais para 34 reais. Com as novas projeções, o potencial de valorização dos papéis caiu pela metade, passando de 41% para 20%.

"Apesar da retomada forte do preço spot do minério de ferro na
China (revertida em fevereiro) e do preço do frete, a manutenção
da produção siderúrgica mundial em níveis baixos em janeiro
demonstra que este foi um movimento de recomposição de
estoques e não de retomada da demanda por minério de ferro", explica a corretora em relatório.

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As projeções da Planner apontam para um corte de 20% no preço do minério de ferro em 2009 e uma queda de 2,5% nas vendas. Até então, a corretora projetava alta de 4% nas vendas neste ano e de redução de 15% nos preços. As estimativas de vendas para pelotas e níquel também recuaram, passando de uma alta de 6% para estabilidade no caso da pelota e de um crescimento de 6% para uma queda de 5% no caso do níquel. "Não enxergamos
no horizonte nenhuma iniciativa das principais siderúrgicas mundiais para
reativar sua produção, após os seguidos cortes durante o quatro trimestre de 2008", destaca a corretora. Em janeiro, a produção mundial de aço bruto manteve-se praticamente estagnada, de acordo com dados da Associação Mundial do Ferro e Aço.

Além disso, o fraco resultado operacional da Vale no quarto trimestre de 2008 e a estimativa de piora ao longo de 2009 contribuíram para a visão mais pessimista da Planner. Os lucros antes de juros imposto amortizações e depreciações (Ebitda) cresceram apenas 3% no quarto trimestre de 2008 em relação ao mesmo período de 2007 e recuaram 42,7% em relação ao terceiro trimestre de 2008. No ano passado, a margem de lucro antes de juros imposto amortizações e depreciações caiu de 2 pontos percentuais em relação a 2007, chegando a 49,1%. Para 2009, a corretora espera nova queda, dessa vez de 2,7 pontos percentuais, para 46,5%.

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