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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
A Petrobras assinou, nesta sexta-feira (27/5), quatro acordos com bancos japoneses para o financiamento de projetos de expansão, previstos no plano estratégico para o período até 2010. Com isso, as instituições poderão liberar, pelo menos, 1,2 bilhão de dólares para a estatal.
O maior acordo envolve a modernização da Refinaria Henrique Lage (Revap), localizada no município paulista de São José dos Campos. Segundo o memorando, os japoneses poderão financiar até 900 milhões de dólares. As obras devem começar no terceiro trimestre deste ano e o início da operação está programado para o primeiro trimestre de 2008.
Os investimentos na Revap a quarta maior refinaria da Petrobras visam a aumentar a conversão de óleo combustível em derivados mais leves, além de ampliar a capacidade de refino de óleos pesados e adaptar o diesel às novas especificações nacionais. Do total previsto no memorando, 486 milhões de dólares virão do Japan Bank for International Cooperation (Jbic); outros 324 milhões virão de um pool de bancos privados liderados pelo Sumitomo Mitsui Banking Corporation (SMBC), e outros 90 milhões sairão do Mitsui e do Itochu. O prazo de financiamento previso é de 15 anos, com 3,5 anos de carência.
Plano estratégico
O segundo memorando foi assinado com o Nippon Export and Investment Insurance (Nexi) e com o SMBC para um empréstimo de até 300 milhões de dólares, com prazo de pagamento de até 12 anos e carência de 4 anos. O dinheiro será usado para financiar parte do programa de investimentos estratégicos.
O terceiro acordo foi assinado com o Jbic e tem como objetivo estreitar a colaboração entre o banco e a estatal brasileira e buscar novas oportunidades de cooperação. O documento ressalta a importância dos recursos do Jbic para os projetos da Petrobras, nas áreas de exploração, produção e refino de petróleo, bem como no segmento de gás natural.
O último memorando foi assinado com a Companhia Vale do Rio Doce e com a Mitsui. A intenção é estudar modos de reduzir os custos de logística, no Brasil, para estimular a exportação de álcool combustível para o Japão. Com isso, os japoneses pretendem reduzir sua dependência do petróleo, o que lhe permitirá cumprir mais rápido suas metas de redução da emissão de poluentes.