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Pelo estatuto, Vivendi teria de pagar R$ 47,49 por ação da GVT

Analistas afirmam que valor dos papéis pode ser revisto por conta da alteração de termo no estatuto da empresa

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Para completar o acordo de compra da GVT pelo grupo francês Vivendi, falta ainda o aval dos acionistas e a decisão sobre a alteração no estatuto da empresa brasileira de telecomunicações. O negócio só sai de os detentores de 51% das ações concordarem. Os controladores da companhia já sinalizaram que aceitarão vender uma participação de 20%, mas analistas acreditam que o preço pago pelas ações poderá ter de ser revisto para atrair também os minoritários.

A oferta do Vivendi prevê o pagamento de 42 reais por ação, o que resultaria num total de 5,4 bilhões de reais para que o grupo detenha 100% do capital social da GVT. O valor é mais baixo que o previsto no estatuto da empresa, que diz que a oferta deveria representar 125% da maior cotação das ações nos últimos 12 meses. Segundo a corretora Ativa, isso representa 47,49 reais. "Enxergamos riscos para a concretização da oferta em questão", afirmou a Ativa.

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A analista Vera Rossi, do Morgan Stanely, concorda com a visão da corretora. "Há a possibilidade de que a oferta não seja concluída com o preço de 42 reais por ação por conta da resistência dos acionistas minoritários", escreveu ela, segundo a agência de notícias Bloomberg.

Na avaliação da Link Corretora, será necessária a convocação de uma assembléia entre acionistas para decidir se haverá a remoção do termo de poison pill. A "pílula de veneno" é justamente uma espécie de proteção para o acionista, descrita de antemão no estatuto da empresa. Uma das mais comuns é a que garante aos acionistas o direito de receber um percentual acima do valor das ações da empresa caso algum investidor compre determinada parcela de seu capital, o que, em tese, desestimula uma tentativa de aquisição hostil.

"Como a empresa é a única do setor de telecomunicações listada no Novo Mercado, com seu capital pulverizado, a transação dependerá da aceitação dos acionistas minoritários que detém, no mínimo, 31% do capital", anotou a Link. Ainda não se sabe também se só os acionistas minoritários poderão votar pela alteração do estatuto da empresa ou se também os controladores terão direito a tomar a decisão.

Às 14h58, os papéis da GVT registravam forte alta de 17,34%, negociados a 42,55 reais. No mesmo instante o Ibovespa subia 0,10%, aos 57.910 pontos.

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