O patrimônio dos fundos de investimento quase quintuplicou em onze anos, saltando de 54,4 bilhões de dólares em 1994 para 254,5 bilhões em 2005. Um exemplo da popularização dos fundos vem do banco Itaú, que oferecia em 1995 sete fundos de investimento para seus clientes e hoje mantém 390 carteiras com os mais variados perfis de risco. A causa para essa disseminação é dupla.

O Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF, criado em 1994 e reintroduzido como CPMF em 1996), incidia sobre os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), o que não ocorria com os fundos. Conseqüência óbvia: as empresas foram estimuladas a investir seu caixa em fundos de investimento.

Além disso, a principal aplicação para pessoa física, as cadernetas de poupança, passaram a render menos que os fundos de renda fixa e CDBs na segunda metade dos anos 90, por causa da política de juros altos instituída pelo Plano Real.

O resultado desse processo é que em junho deste ano o volume de recursos aplicados em fundos de investimento era cinco vezes maior que o aplicado na poupança e 54% de todos os ativos financeiros da economia. Metade de todos os cidadãos brasileiros que têm conta bancária e sobra de caixa para poupar possuem dinheiro aplicado em pelo menos um fundo. Isso equivale a 2,5 milhões de brasileiros.

A partir desta quinta-feira (25/8) a 10ª edição do Guia EXAME - Os Melhores Fundos de Investimento estará disponível no Portal EXAME. Desde a estréia, em 1996, o guia revelou-se a mais importante avaliação dos fundos para o investidor.