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Parceria entre ALL e Cosan é positiva, avaliam corretoras

Para Brascan, receita da ALL pode avançar 13% com acordo; Ativa destaca transporte de etanol

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O anúncio feito pela ALL de contrato com a Rumo Logística, subsidiária da Cosan, para a criação de corredor de transporte de açúcar e derivados foi visto como positivo pelas corretoras Brascan e Ativa. A notícia também agradou o mercado: às 16h20, as units da ALL ( ALLL11 ) lideravam a lista de maiores altas do Ibovespa, disparando 12,19%, e sendo negociadas a 9,20 reais.

O corredor de transporte previsto no contrato ligará o interior de São Paulo ao porto de Santos. A Rumo Logística investirá na expansão da capacidade operacional da ALL um total de 1,2 bilhão de reais, enquanto a ALL prestará serviços de transporte garantindo um volume mínimo, que alcançará 1,09 milhões de toneladas por mês a partir do quarto ano de contrato.

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A duração do acordo vai até 2028, sendo possível uma renovação por mais 30 anos. Conforme destacou a Brascan, está previsto o transporte de 184 milhões de toneladas de açúcar e derivados entre 2010 e 2028 e de aproximadamente 9 milhões de toneladas por ano logo após o término dos investimentos.

"O anúncio deste contrato é bastante positivo para a companhia. Lembramos que a participação de mercado da ALL no transporte de açúcar é um dos menores da empresa (entre 15% e 20%) e, por conta disso, há grande oportunidade de crescimento neste segmento", afirmou a corretora.

A Ativa também viu como fator positivo o acordo, que está, em sua visão, em linha com a estratégia da ALL de diversificar sua matriz de produtos transportados. Os analistas destacaram o fato de que, apesar de açúcar representar cerca de 18% do total de volume de commodities, a ALL passará a transportar também seus derivados, como o etanol.

A equipe da Brascan, por sua vez, estimou um crescimento de 13% na receita da ALL em relação a suas projeções atuais, acreditando em um impacto ainda mais positivo na geração de caixa. Tal expectativa leva em consideração embarques de 9 milhões de toneladas ao ano a partir de 2013.

"Como ressalva, apontamos para as condições suspensivas, uma vez que a execução do contrato depende de um funding de R$ 1,2 bi, além de incertezas em relação à obtenção de autorizações governamentais", balanceou.

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