Para 48% dos brasileiros, queda de juros aumenta intenção de investir
Levantamento da Anbima apontou também que a reforma da Previdência estimulou a intenção de investir entre os brasileiros
Karla Mamona
Publicado em 20 de janeiro de 2020 às 16h32.
São Paulo - Aredução da taxa de juros é o principal fator de estímulo às aplicações financeiras. Uma pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), encomendada ao Datafolha, apontou que para 48% dos brasileiros, a queda da Selic aumenta a intenção de investir.
Outros 28% disseram ser indiferentes quando há queda na taxa de juros, ou seja, não aumenta e nem diminui a intenção de investir. Já 24% dos respondentes afirmaram que diminui a intenção de investir quando há queda nos juros.
Outro fator que motiva os brasileiros a investir é a reforma da Previdência, segundo 36% dos respondentes. Ana Leoni, superintendente de Educação e Informações Técnicas da Anbima, explica que a reforma acende um alerta sobre como o brasileiro deve se preparar para aposentadoria. O risco de desemprego é outro fator que estimula as pessoas a investirem (37%), ao mesmo tempo em que diminui a propensão de outros 37%.
Rumos da economia
A pesquisa da Anbima também apontou que a população economicamente ativa segue otimista com os rumos da economia neste ano, com 62% dos brasileiros esperando que o cenário melhore em 2020. Apesar do otimismo, o resultado teve uma queda de 12 pontos percentuais em relação a 2019, quando 74% dos entrevistados responderam de forma positiva.
O otimismo é maior entre os homens, com 66% acreditando que a economia terá melhor desempenho este ano, contra 57% das mulheres.
Por região, os brasileiros do Norte e do Centro-Oeste são os mais esperançosos: em cada uma dessas regiões, 71% dos entrevistados responderam que 2020 será melhor do que 2019. No Nordeste, o percentual chega a 62%, no Sudeste 61% e no Sul, 60%.
Entre os pessimistas, aumentou de 14% para 21% a parcela da população que espera piora na economia este ano. Outros 17% disseram acreditar que aatividade econômica deve permanecer igual.