Os piores e melhores investimentos de novembro
Dólar é o melhor investimento do mês e títulos públicos que acompanham variação da Selic se sobressaem na renda fixa, superando a poupança
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 12h56.
São Paulo – O melhor investimento do mês de novembro foi o dólar comercial , que registrou valorização de 5,37%. E entre os investimentos de renda fixa , que são mais conservadores, os títulos do Tesouro Direto que acompanham a variação da Selic, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), tiveram o melhor desempenho, fechando o mês com alta de 0,79%.
Veja na tabela a seguir as performances das aplicações financeiras e dos indicadores de mercado em novembro e no acumulado do ano.
Aplicação | Desempenho em novembro | Desempenho no ano | Fechamento em |
---|---|---|---|
Dólar comercial | 5,37% | 13,57% | 28/11/2013 |
Fundos Multimercado Macro* | 1,01% | 6,27% | 25/11/2013 |
LFT (vencimento em 07/03/2014)* | 0,79% | 7,36% | 29/11/2013 |
NTN-F (vencimento em 01/01/2014)* | 0,79% | 6,37% | 29/11/2013 |
LTN (vencimento em 01/01/2014)* | 0,79% | 6,32% | 29/11/2013 |
Selic* | 0,78% | 7,38% | 28/11/2013 |
CDI* | 0,74% | 7,19% | 27/11/2013 |
Fundos referenciados DI* | 0,72% | 7,26% | 25/11/2013 |
NTN-B (vencimento em 15/05/2015)* | 0,70% | 3,58% | 29/11/2013 |
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)* | 0,68% | 3,33% | 29/11/2013 |
LFT (vencimento em 07/03/2017) | 0,66% | 7,26% | 29/11/2013 |
IPCA (estimativa do Banco Central)** | 0,65% | 5,82% | 22/11/2013 |
Poupança antiga | 0,54% | 5,76% | 28/11/2013 |
Poupança nova* | 0,54% | 5,16% | 28/11/2013 |
Fundos de Renda Fixa* | 0,41% | 5,94% | 25/11/2013 |
IGP-M (estimativa do Banco Central)** | 0,40% | 5,55% | 22/11/2013 |
Fundos Multimercado Multiestratégia* | 0,39% | 4,11% | 25/11/2013 |
Fundos Multimercados Juros e Moedas* | 0,32% | 3,87% | 25/11/2013 |
Fundos de ações Ibovespa Ativo* | -0,36% | -2,11% | 25/11/2013 |
Fundos de ações livres* | -1,04% | 1,68% | 25/11/2013 |
Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) | -1,18% | -10,62% | 28/11/2013 |
LTN (vencimento em 01/01/2017)* | -1,55% | --- | 29/11/2013 |
Fundos de ações Small Caps* | -1,62% | -10,22% | 25/11/2013 |
Fundos de ações dividendos* | -2,63% | -2,17% | 25/11/2013 |
Ouro | -3,16% | -15,98% | 28/11/2013 |
Ibovespa | -3,27% | -13,90% | 29/11/2013 |
NTN-F (vencimento em 01/01/2023)* | -6,20% | -9,44% | 29/11/2013 |
NTN-B (vencimento em 15/08/2050)* | -8,70% | -24,69% | 29/11/2013 |
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2035)* | -13,57% | -33,04% | 2911/2013 |
Fontes: Banco Central, BM&FBovespa, Tesouro Nacional e Anbima.
(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento
(**) Expectativa de inflação para o ano de 2013 e para o mês de novembro, segundo o Boletim Focus do Banco Central, divulgado no dia 22/11/2013.
Renda fixa
Com as repetidas altas da taxa Selic - que foi elevada mais uma vez nesta semana, passando de 9,5% para 10% ao ano -, os investimentos que se beneficiam da tendência de elevação da taxa, como os fundos referenciados DI e alguns títulos do Tesouro Direto, tiveram resultados positivos no ranking mensal.
As Letras Financeiras do Tesouro, títulos públicos cujo rendimento acompanha a variação da Selic , tiveram o melhor rendimento entre as aplicações de renda fixa, que são mais conservadoras. “A LFT registra alta não só pela previsível elevação da Selic, que se concretizou no final do mês, mas pela perspectiva de continuação da alta dos juros futuros”, explica Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos.
A LFT é uma boa opção para quem busca uma alternativa de investimento conservadora, fora da poupança. Diferentemente de outros títulos públicos, o investidor não corre o risco de ter grandes prejuízos ao resgatar uma LFT antes do prazo de vencimento.
As Letras do Tesouro Nacional (LTN) e as Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F) com vencimentos no curto prazo também tiveram bom desempenho. Segundo Bittencourt, a alta dos títulos é relacionada mais uma vez às perspectivas sobre o comportamento dos juros no futuro.
“Imaginava-se que o ciclo de juros de curto prazo terminaria, por isso os títulos curtos não foram tão afetados e os longos foram”, diz o diretor da Apogeo.
Ele esclarece que, como os títulos com prazo longo vendidos atualmente prometem remunerações altas, os títulos vendidos anteriormente com taxas mais baixas sofrem quedas. E como a previsão é de que os juros não subam mais tanto no curto prazo, os títulos com vencimentos mais próximos não ficam em grande desvantagem em relação aos títulos atualmente vendidos no mercado: suas taxas são compatíveis com a baixa expectativa de alta dos juros no curto prazo.
Com a Selic acima de 8,5% ao ano, a poupança nova passa a ter a rentabilidade da poupança antiga, de 0,5% ao ano, mais a taxa referencial (TR), que fica próxima a zero. Mesmo sendo um investimento mais conservador, a caderneta obteve um rendimento razoável, de 0,54%, superando os fundos de renda fixa e alguns títulos do Tesouro.
Apesar de a tabela de rendimentos mensal mostrar algumas quedas entre os títulos do Tesouro Direto, o momento é extremamente favorável para investir nesses papéis. As Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B) com vencimentos longos, por exemplo, apresentam queda no mês porque elas sofrem o efeito da marcação a mercado, que reflete a rentabilidade que os títulos teriam se fossem vendidos antes do vencimento.
No entanto, se o investidor comprar uma NTN-B agora pensando em carregá-la até o vencimento, a remuneração oferecida é muito maior do que a da poupança. Todas as NTN-Bs disponíveis para compra neste momento, oferecem juros acima de 6% ao ano, mais a variação da inflação.
Dentre os títulos públicos apresentados na tabela, estão disponíveis para compra: a NTN-B Principal com vencimento em 2035 e a NTN-B com vencimento em 2050, a LFT com vencimento em 2017, a LTN com vencimento em 2017 e a NTN-F com vencimento em 2023.
Renda variável
O dólar fechou o mês com o melhor rendimento do ranking , com alta expressiva de 5,37%. Os dados ruins de contas do governo impulsionaram a valorização da moeda ante o real. Nesta quinta-feira (28), foi anunciado que o superávit do Governo em outubro foi de 5,436 bilhões de reais, inferior ao piso das projeções, que era de 6 bilhões de reais, pior resultado para o mês desde 2004. A divulgação aprofundou o mau humor estrangeiro em relação ao Brasil, que já vinha sendo motivado pelos temores de corte no rating nacional por agências de classificação de risco.
O Ibovespa , principal índice de referência da Bolsa, fechou em queda de 3,27%. Segundo Paulo Bittencourt, fatos muito objetivos afetaram o desempenho do índice. “A perspectiva de um PIB enfraquecido para 2013 e 2014, os dados de baixo superávit primário e a deterioração nas contas fiscais brasileiras acabaram empurrando para baixo todo o movimento de recuperação do índice esboçado a partir de setembro e outubro”, afirma.
Depois do dólar, os fundos multimercados tiveram o melhor resultado na renda variável. Esse tipo de fundo pode investir em qualquer aplicação, usando as mais diversas estratégias.
Para Bittencourt, a alta de 1% no mês pode ser explicada pelo bom aproveitamento que os gestores fizeram das atuais circunstâncias de mercado. “Os gestores desses fundos tomam como base certos fundamentos macroeconômicos e operam de acordo com o que estão achando que vai acontecer. Esses gestores devem ter feito posições contra o real e se beneficiaram com isso”, conclui.
São Paulo – O melhor investimento do mês de novembro foi o dólar comercial , que registrou valorização de 5,37%. E entre os investimentos de renda fixa , que são mais conservadores, os títulos do Tesouro Direto que acompanham a variação da Selic, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), tiveram o melhor desempenho, fechando o mês com alta de 0,79%.
Veja na tabela a seguir as performances das aplicações financeiras e dos indicadores de mercado em novembro e no acumulado do ano.
Aplicação | Desempenho em novembro | Desempenho no ano | Fechamento em |
---|---|---|---|
Dólar comercial | 5,37% | 13,57% | 28/11/2013 |
Fundos Multimercado Macro* | 1,01% | 6,27% | 25/11/2013 |
LFT (vencimento em 07/03/2014)* | 0,79% | 7,36% | 29/11/2013 |
NTN-F (vencimento em 01/01/2014)* | 0,79% | 6,37% | 29/11/2013 |
LTN (vencimento em 01/01/2014)* | 0,79% | 6,32% | 29/11/2013 |
Selic* | 0,78% | 7,38% | 28/11/2013 |
CDI* | 0,74% | 7,19% | 27/11/2013 |
Fundos referenciados DI* | 0,72% | 7,26% | 25/11/2013 |
NTN-B (vencimento em 15/05/2015)* | 0,70% | 3,58% | 29/11/2013 |
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)* | 0,68% | 3,33% | 29/11/2013 |
LFT (vencimento em 07/03/2017) | 0,66% | 7,26% | 29/11/2013 |
IPCA (estimativa do Banco Central)** | 0,65% | 5,82% | 22/11/2013 |
Poupança antiga | 0,54% | 5,76% | 28/11/2013 |
Poupança nova* | 0,54% | 5,16% | 28/11/2013 |
Fundos de Renda Fixa* | 0,41% | 5,94% | 25/11/2013 |
IGP-M (estimativa do Banco Central)** | 0,40% | 5,55% | 22/11/2013 |
Fundos Multimercado Multiestratégia* | 0,39% | 4,11% | 25/11/2013 |
Fundos Multimercados Juros e Moedas* | 0,32% | 3,87% | 25/11/2013 |
Fundos de ações Ibovespa Ativo* | -0,36% | -2,11% | 25/11/2013 |
Fundos de ações livres* | -1,04% | 1,68% | 25/11/2013 |
Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) | -1,18% | -10,62% | 28/11/2013 |
LTN (vencimento em 01/01/2017)* | -1,55% | --- | 29/11/2013 |
Fundos de ações Small Caps* | -1,62% | -10,22% | 25/11/2013 |
Fundos de ações dividendos* | -2,63% | -2,17% | 25/11/2013 |
Ouro | -3,16% | -15,98% | 28/11/2013 |
Ibovespa | -3,27% | -13,90% | 29/11/2013 |
NTN-F (vencimento em 01/01/2023)* | -6,20% | -9,44% | 29/11/2013 |
NTN-B (vencimento em 15/08/2050)* | -8,70% | -24,69% | 29/11/2013 |
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2035)* | -13,57% | -33,04% | 2911/2013 |
Fontes: Banco Central, BM&FBovespa, Tesouro Nacional e Anbima.
(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento
(**) Expectativa de inflação para o ano de 2013 e para o mês de novembro, segundo o Boletim Focus do Banco Central, divulgado no dia 22/11/2013.
Renda fixa
Com as repetidas altas da taxa Selic - que foi elevada mais uma vez nesta semana, passando de 9,5% para 10% ao ano -, os investimentos que se beneficiam da tendência de elevação da taxa, como os fundos referenciados DI e alguns títulos do Tesouro Direto, tiveram resultados positivos no ranking mensal.
As Letras Financeiras do Tesouro, títulos públicos cujo rendimento acompanha a variação da Selic , tiveram o melhor rendimento entre as aplicações de renda fixa, que são mais conservadoras. “A LFT registra alta não só pela previsível elevação da Selic, que se concretizou no final do mês, mas pela perspectiva de continuação da alta dos juros futuros”, explica Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos.
A LFT é uma boa opção para quem busca uma alternativa de investimento conservadora, fora da poupança. Diferentemente de outros títulos públicos, o investidor não corre o risco de ter grandes prejuízos ao resgatar uma LFT antes do prazo de vencimento.
As Letras do Tesouro Nacional (LTN) e as Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F) com vencimentos no curto prazo também tiveram bom desempenho. Segundo Bittencourt, a alta dos títulos é relacionada mais uma vez às perspectivas sobre o comportamento dos juros no futuro.
“Imaginava-se que o ciclo de juros de curto prazo terminaria, por isso os títulos curtos não foram tão afetados e os longos foram”, diz o diretor da Apogeo.
Ele esclarece que, como os títulos com prazo longo vendidos atualmente prometem remunerações altas, os títulos vendidos anteriormente com taxas mais baixas sofrem quedas. E como a previsão é de que os juros não subam mais tanto no curto prazo, os títulos com vencimentos mais próximos não ficam em grande desvantagem em relação aos títulos atualmente vendidos no mercado: suas taxas são compatíveis com a baixa expectativa de alta dos juros no curto prazo.
Com a Selic acima de 8,5% ao ano, a poupança nova passa a ter a rentabilidade da poupança antiga, de 0,5% ao ano, mais a taxa referencial (TR), que fica próxima a zero. Mesmo sendo um investimento mais conservador, a caderneta obteve um rendimento razoável, de 0,54%, superando os fundos de renda fixa e alguns títulos do Tesouro.
Apesar de a tabela de rendimentos mensal mostrar algumas quedas entre os títulos do Tesouro Direto, o momento é extremamente favorável para investir nesses papéis. As Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B) com vencimentos longos, por exemplo, apresentam queda no mês porque elas sofrem o efeito da marcação a mercado, que reflete a rentabilidade que os títulos teriam se fossem vendidos antes do vencimento.
No entanto, se o investidor comprar uma NTN-B agora pensando em carregá-la até o vencimento, a remuneração oferecida é muito maior do que a da poupança. Todas as NTN-Bs disponíveis para compra neste momento, oferecem juros acima de 6% ao ano, mais a variação da inflação.
Dentre os títulos públicos apresentados na tabela, estão disponíveis para compra: a NTN-B Principal com vencimento em 2035 e a NTN-B com vencimento em 2050, a LFT com vencimento em 2017, a LTN com vencimento em 2017 e a NTN-F com vencimento em 2023.
Renda variável
O dólar fechou o mês com o melhor rendimento do ranking , com alta expressiva de 5,37%. Os dados ruins de contas do governo impulsionaram a valorização da moeda ante o real. Nesta quinta-feira (28), foi anunciado que o superávit do Governo em outubro foi de 5,436 bilhões de reais, inferior ao piso das projeções, que era de 6 bilhões de reais, pior resultado para o mês desde 2004. A divulgação aprofundou o mau humor estrangeiro em relação ao Brasil, que já vinha sendo motivado pelos temores de corte no rating nacional por agências de classificação de risco.
O Ibovespa , principal índice de referência da Bolsa, fechou em queda de 3,27%. Segundo Paulo Bittencourt, fatos muito objetivos afetaram o desempenho do índice. “A perspectiva de um PIB enfraquecido para 2013 e 2014, os dados de baixo superávit primário e a deterioração nas contas fiscais brasileiras acabaram empurrando para baixo todo o movimento de recuperação do índice esboçado a partir de setembro e outubro”, afirma.
Depois do dólar, os fundos multimercados tiveram o melhor resultado na renda variável. Esse tipo de fundo pode investir em qualquer aplicação, usando as mais diversas estratégias.
Para Bittencourt, a alta de 1% no mês pode ser explicada pelo bom aproveitamento que os gestores fizeram das atuais circunstâncias de mercado. “Os gestores desses fundos tomam como base certos fundamentos macroeconômicos e operam de acordo com o que estão achando que vai acontecer. Esses gestores devem ter feito posições contra o real e se beneficiaram com isso”, conclui.