Os melhores e piores investimentos de novembro
No mês, o destaque ficou para a Bolsa e os títulos públicos atrelados à inflação, negociados pelo Tesouro Direto
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2012 às 18h51.
São Paulo – Foi o dólar quem teve a maior alta no mês de novembro. Mas entre os i nvestimentos foi a renda variável que ocupou o pódio, revertendo o resultado do mês de outubro. Entre os investimentos em renda fixa, mais uma vez o melhor resultado foi da NTN-B, título do Tesouro Direto atrelado à inflação. Com a manutenção da taxa Selic em 7,25%, a nova poupança e demais investimentos indexados à taxa básica de juros mais uma vez ficam atrás de outros investimentos.
Veja abaixo o desempenho de cada aplicação no mês de novembro e no ano:
Aplicação | No mês | No ano | Fechamento em |
---|---|---|---|
Dólar comercial | 4,78% | 13,80% | 30/10/2012 |
Ouro BM&F | 3,82% | 23,16% | 29/11/2012 |
Fundos de ações livres* | 1,07% | 12,37% | 27/11/2012 |
Fundos Multimercado Macro* | 0,90% | 15,42% | 27/11/2012 |
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)* | 0,89% | 17,88% | 30/11/2012 |
NTN-B (vencimento em 15/05/2013)* | 0,81% | 10,83% | 30/11/2012 |
Fundos de ações dividendos* | 0,80% | 8,82% | 27/11/2012 |
Ibovespa | 0,71% | 1,27% | 30/11/2012 |
Fundos de Renda Fixa* | 0,59% | 10,23% | 27/11/2012 |
NTN-F (vencimento em 01/01/2013)* | 0,57% | 9,41% | 30/11/2012 |
LTN (vencimento em 01/01/2013)* | 0,57% | 9,47% | 30/11/2012 |
LFT (vencimento em 07/03/2013)* | 0,57% | 7,90% | 30/11/2012 |
Selic | 0,57% | 7,84% | 29/11/2012 |
CDI | 0,57% | 7,76% | 29/11/2012 |
Fundos referenciados DI* | 0,56% | 7,93% | 27/11/2012 |
Fundos Multimercados Juros e Moedas* | 0,51% | 10,35% | 27/11/2012 |
Poupança antiga ** | 0,50% | 5,42% | 28/11/2012 |
Poupança nova*** | 0,41% | 2,89% | 28/11/2012 |
LFT (vencimento em 07/03/2017)* | 0,40% | 7,76% | 30/11/2012 |
Fundos Multimercado Multiestratégia* | 0,08% | 12,39% | 27/11/2012 |
Fundos de Ações Ibovespa Ativo* | 0,08% | 4,71% | 27/11/2012 |
Fundos de ações small caps* | -1,58% | 12,95% | 27/11/2012 |
(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento.
(**) Rentabilidade do dinheiro que já estava aplicado na poupança antes do início das novas regras em 04/05/2012 e que ainda rende segundo a regra antiga.
(***) Rentabilidade mensal válida para a nova regra da poupança e medida entre os dias 28/10/2012 e 28/11/2012. Rentabilidade anual calculada entre os dias 04/05/2012 e 28/11/2012.
Renda fixa
A permanência da taxa Selic nos atuais 7,25% mantém mantém o rendimento da nova poupança em 70% da Selic, mais a Taxa Referencial (TR). Isso justifica a posição da poupança como um dos piores investimentos do mês. A poupança antiga, que rende 0,5% ao mês mais a TR, mesmo superando a nova caderneta, também não se destacou no mês.
O baixo patamar da taxa Selic também não favorece os Fundos DI e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT - títulos públicos negociados via Tesouro Direto), cujos rendimentos oscilam em função da taxa. A LFT com vencimento em 07/03/2017 teve o pior rendimento da renda fixa no mês (0,40%), sendo a pior aplicação também na comparação entre os títulos do Tesouro Direto.
A NTN-B com vencimento em 15/05/2015, além de ter ficado com o melhor resultado entre os títulos públicos, foi a melhor aplicação da renda fixa. O título é indexado à inflação e paga ao investidor uma taxa de juros prefixada mais a variação da inflação medida pelo IPCA. Por esse motivo, este é um papel que se valoriza quando outros títulos sofrem com a queda dos juros.
As LTN e NTN-F tiveram desempenho melhor que a LFT, mas pior que a NTN-B. A rentabilidade destes títulos é definida no momento da aplicação, por isso eles superaram as aplicações atreladas à Selic, como as LFT, mas por sua taxa ser prefixada, eles se aproveitam menos de fatores de oscilações do mercado do que as NTN-B.
Atualmente, os juros prefixados pagos pelas NTN-B disponíveis para venda variam entre 2,06% (com vencimento para 2015) a 4,07% com vencimento em 2050. No site do Tesouro Nacional é possível consultar a tabela com as rentabilidades e os detalhes sobre os títulos públicos à venda.
Renda variável
No mês de outubro, a Bolsa brasileira registrou alta de 0,71% e no ano acumula valorização de 1,27%.
O administrador de investimentos Fabio Colombo, afirma que no mês de novembro, as bolsas mundiais tiveram comportamento muito volátil inicialmente devido às eleições nos EUA, e posteriormente por conta do impasse na solução do “abismo fiscal” americano, em razão de o Presidente Obama não possuir maioria no Congresso.
“No Brasil, o baixo crescimento do país, em comparação com seus pares, apesar das medidas do governo, vem deixando o mercado bem pessimista”, afirma. As ações que mais sacrificaram a Bolsa neste mês foram as do setor elétrico, notadamente a Eletrobras, em função das mudanças governamentais para o setor; e os papéis da Petrobras, devido à falta de reajuste dos combustíveis.
A economia brasileira cresceu apenas 0,6% no terceiro trimestre em comparação com o segundo trimestre. O resultado ficou bem abaixo do esperado, com a pior retração dos investimentos em mais de três anos. Com isso, a Bolsa fechou com uma queda de 0,65% no último dia do mês, trazendo o resultado mensal para baixo.
Apesar do resultado da Bolsa ter sido um dos melhores na renda variável, os fundos Ibovespa ativo, que buscam espelhar a rentabilidade do Ibovespa, não fecharam o mês com bons resultados. O dólar comercial e o ouro tiveram os melhores resultados do mês. E os fundos de ações small caps tiveram a pior rentabilidade do ranking.
São Paulo – Foi o dólar quem teve a maior alta no mês de novembro. Mas entre os i nvestimentos foi a renda variável que ocupou o pódio, revertendo o resultado do mês de outubro. Entre os investimentos em renda fixa, mais uma vez o melhor resultado foi da NTN-B, título do Tesouro Direto atrelado à inflação. Com a manutenção da taxa Selic em 7,25%, a nova poupança e demais investimentos indexados à taxa básica de juros mais uma vez ficam atrás de outros investimentos.
Veja abaixo o desempenho de cada aplicação no mês de novembro e no ano:
Aplicação | No mês | No ano | Fechamento em |
---|---|---|---|
Dólar comercial | 4,78% | 13,80% | 30/10/2012 |
Ouro BM&F | 3,82% | 23,16% | 29/11/2012 |
Fundos de ações livres* | 1,07% | 12,37% | 27/11/2012 |
Fundos Multimercado Macro* | 0,90% | 15,42% | 27/11/2012 |
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)* | 0,89% | 17,88% | 30/11/2012 |
NTN-B (vencimento em 15/05/2013)* | 0,81% | 10,83% | 30/11/2012 |
Fundos de ações dividendos* | 0,80% | 8,82% | 27/11/2012 |
Ibovespa | 0,71% | 1,27% | 30/11/2012 |
Fundos de Renda Fixa* | 0,59% | 10,23% | 27/11/2012 |
NTN-F (vencimento em 01/01/2013)* | 0,57% | 9,41% | 30/11/2012 |
LTN (vencimento em 01/01/2013)* | 0,57% | 9,47% | 30/11/2012 |
LFT (vencimento em 07/03/2013)* | 0,57% | 7,90% | 30/11/2012 |
Selic | 0,57% | 7,84% | 29/11/2012 |
CDI | 0,57% | 7,76% | 29/11/2012 |
Fundos referenciados DI* | 0,56% | 7,93% | 27/11/2012 |
Fundos Multimercados Juros e Moedas* | 0,51% | 10,35% | 27/11/2012 |
Poupança antiga ** | 0,50% | 5,42% | 28/11/2012 |
Poupança nova*** | 0,41% | 2,89% | 28/11/2012 |
LFT (vencimento em 07/03/2017)* | 0,40% | 7,76% | 30/11/2012 |
Fundos Multimercado Multiestratégia* | 0,08% | 12,39% | 27/11/2012 |
Fundos de Ações Ibovespa Ativo* | 0,08% | 4,71% | 27/11/2012 |
Fundos de ações small caps* | -1,58% | 12,95% | 27/11/2012 |
(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento.
(**) Rentabilidade do dinheiro que já estava aplicado na poupança antes do início das novas regras em 04/05/2012 e que ainda rende segundo a regra antiga.
(***) Rentabilidade mensal válida para a nova regra da poupança e medida entre os dias 28/10/2012 e 28/11/2012. Rentabilidade anual calculada entre os dias 04/05/2012 e 28/11/2012.
Renda fixa
A permanência da taxa Selic nos atuais 7,25% mantém mantém o rendimento da nova poupança em 70% da Selic, mais a Taxa Referencial (TR). Isso justifica a posição da poupança como um dos piores investimentos do mês. A poupança antiga, que rende 0,5% ao mês mais a TR, mesmo superando a nova caderneta, também não se destacou no mês.
O baixo patamar da taxa Selic também não favorece os Fundos DI e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT - títulos públicos negociados via Tesouro Direto), cujos rendimentos oscilam em função da taxa. A LFT com vencimento em 07/03/2017 teve o pior rendimento da renda fixa no mês (0,40%), sendo a pior aplicação também na comparação entre os títulos do Tesouro Direto.
A NTN-B com vencimento em 15/05/2015, além de ter ficado com o melhor resultado entre os títulos públicos, foi a melhor aplicação da renda fixa. O título é indexado à inflação e paga ao investidor uma taxa de juros prefixada mais a variação da inflação medida pelo IPCA. Por esse motivo, este é um papel que se valoriza quando outros títulos sofrem com a queda dos juros.
As LTN e NTN-F tiveram desempenho melhor que a LFT, mas pior que a NTN-B. A rentabilidade destes títulos é definida no momento da aplicação, por isso eles superaram as aplicações atreladas à Selic, como as LFT, mas por sua taxa ser prefixada, eles se aproveitam menos de fatores de oscilações do mercado do que as NTN-B.
Atualmente, os juros prefixados pagos pelas NTN-B disponíveis para venda variam entre 2,06% (com vencimento para 2015) a 4,07% com vencimento em 2050. No site do Tesouro Nacional é possível consultar a tabela com as rentabilidades e os detalhes sobre os títulos públicos à venda.
Renda variável
No mês de outubro, a Bolsa brasileira registrou alta de 0,71% e no ano acumula valorização de 1,27%.
O administrador de investimentos Fabio Colombo, afirma que no mês de novembro, as bolsas mundiais tiveram comportamento muito volátil inicialmente devido às eleições nos EUA, e posteriormente por conta do impasse na solução do “abismo fiscal” americano, em razão de o Presidente Obama não possuir maioria no Congresso.
“No Brasil, o baixo crescimento do país, em comparação com seus pares, apesar das medidas do governo, vem deixando o mercado bem pessimista”, afirma. As ações que mais sacrificaram a Bolsa neste mês foram as do setor elétrico, notadamente a Eletrobras, em função das mudanças governamentais para o setor; e os papéis da Petrobras, devido à falta de reajuste dos combustíveis.
A economia brasileira cresceu apenas 0,6% no terceiro trimestre em comparação com o segundo trimestre. O resultado ficou bem abaixo do esperado, com a pior retração dos investimentos em mais de três anos. Com isso, a Bolsa fechou com uma queda de 0,65% no último dia do mês, trazendo o resultado mensal para baixo.
Apesar do resultado da Bolsa ter sido um dos melhores na renda variável, os fundos Ibovespa ativo, que buscam espelhar a rentabilidade do Ibovespa, não fecharam o mês com bons resultados. O dólar comercial e o ouro tiveram os melhores resultados do mês. E os fundos de ações small caps tiveram a pior rentabilidade do ranking.