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Os melhores e piores bancos para cair no cheque especial

No banco com taxa média mais alta, juros pagos pela utilização do cheque especial chegam a ser 100% maiores do que no banco com menor taxa

Flechas para cima e para baixo: No banco com taxa mais alta, juros pagos pelo uso do cheque especial chegam a ser 100% maiores do que no banco com menor taxa (ThinkStock/triloks)
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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 14h08.

São Paulo - Os juros do cheque especial sempre foram altos, mas recentemente ficaram especialmente proibitivos: chegaram aos 200,6% ao ano, maior patamar desde 1999. Isso significa que entrar no vermelho ficou ainda mais caro, sobretudo se o seu banco estiver entre aqueles que praticam as taxas mais elevadas.

Uma simulação realizada por EXAME.com mostra que o valor pago em juros pela utilização do cheque especial pode variar mais de 100% entre diferentes bancos.

Essa foi a diferença verificada entre os juros cobrados pela Caixa , que tem as taxas mais baixas, e o Santander , que pratica os juros mais altos.

Enquanto na Caixa o cliente paga 529 reais de juros ao usar 500 reais do seu limite de cheque especial e pagar a dívida depois de um ano, no Santander o correntista paga 1.061 reais de juros, ou 100,35% a mais.

Para realizar o levantamento, foram consideradas as taxas médias efetivamente praticadas no cheque especial pelos principais bancos grandes do país, segundo a pesquisa de juros do Banco Central (BC) referente ao período de 26 a 30 de janeiro.

As informações sobre os juros são fornecidas pelas próprias instituições financeiras ao BC.

Veja na tabela abaixo as taxas cobradas por cada banco e quanto o cliente paga em juros ao utilizar 500 reais do limite do cheque especial e quitar o empréstimo após um ano.

BancoTaxa de juro ao mêsTaxa de juro ao anoJuros pagos após um ano
Caixa7,34%133,83%R$ 529,57
Banco do Brasil8,53%166,93%R$ 634,18
Bradesco9,84%208,38%R$ 756,16
Itaú9,89%210,12%R$ 760,96
HSBC12,54%312,77%R$ 1.031,62
Santander12,81%324,69%R$ 1.061,04

Fonte: Banco Central (período de 26 a 30 de janeiro de 2015)

Cheque especial é uma das linhas de crédito mais caras do mercado

Sem ter garantias de que o cliente pagará o valor usado no cheque especial, os bancos cobram juros altíssimos nessa linha de crédito.

Uma alternativa de empréstimo mais recomendada por especialistas é o crédito consignado. Por oferecer mais segurança ao banco, já que o empréstimo é descontado da folha de pagamento do cliente, seus juros costumam ser muito mais baixos.

A título de comparação, a mesma pesquisa do Banco Central mostra que os juros cobrados no crédito consignado privado da Caixa, que é o banco com menores taxas, são de 2,25% ao mês, ante 7,34% no cheque especial.

Cliente deve ficar mais esperto agora

Com o aumento da taxa básica de juros, Selic, e as perspectivas de novas altas, os bancos tendem a repassar essas elevações aos seus empréstimos.

Assim, é ainda mais importante evitar o cheque especial e outras linhas de crédito mais salgadas, como o rotativo do cartão de crédito.

Apesar dos altos custos, essas linhas de crédito costumam ser muito usadas por clientes por serem automáticas.

Para usar o cheque especial, por exemplo, o cliente não precisa pedir autorização ao banco, basta fazer um pagamento e ultrapassar o limite de saldo em conta para que o valor seja liberado e os juros comecem a correr. Isso ocorre porque o correntista já tem um limite de cheque especial pré-aprovado.

De forma semelhante, o cliente também tem um limite pré-aprovado no cartão de crédito e os juros rotativos passam a ser cobrados automaticamente quando o cliente não paga a fatura do cartão.

Para evitar o descontrole, nos dois casos o cliente pode solicitar ao banco que seja reduzido o seu limite de crédito.

IOF

Além dos juros, as transações feitas com cheque especial também sofrem incidência do Imposto sobre Operações Financeiras ( IOF ). Esse imposto é cobrado sobre qualquer utilização do cheque especial.

Vale ressaltar que, mesmo se o seu banco abrir mão de cobrar juros no cheque especial por alguns dias, como alguns fazem, o governo não deixa de cobrar o imposto, independentemente do período de utilização do crédito.

Recentemente, o governo elevou a alíquota de IOF de 1,50% ao ano para 3,00% ao ano para operações de crédito realizadas em até 365 dias. Além disso, permanece inalterada a cobrança da taxa adicional de IOF, que desconta um percentual fixo de 0,38% do valor transacionado em cada operação.

O cálculo do IOF não foi incluído na simulação pois a alíquota incidente é igual para todos os bancos e o objetivo do levantamento era mostrar a diferença de custos entre as instituições.

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